Luiza Seixas
postado em 06/05/2010 09:13
Apesar de já terem atingido a meta programada pelo Ministério da Saúde, as 4,5 milhões de crianças entre seis meses e dois anos, que se vacinaram contra a influenza A (H1N1), a gripe suína, ainda não estão totalmente imunizadas. Elas precisam agora tomar uma segunda dose da vacina para garantir uma proteção eficaz contra a nova gripe. Essa próxima aplicação deve ser feita em um intervalo de 30 dias. E, como as crianças começaram a se vacinar em 22 de março, os postos de saúde já estão preparados para receber esse grupo.De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carmem Osterno, estudos mostram que a administração em dois momentos promove uma estimulação gradual do sistema imunológico da criança para não haver comprometimento de soroconversão. ;Assim, só com a administração da segunda dose que a criança estará realmente imunizada contra a H1N1;, explicou.
Segundo Carmem, a expectativa do ministério é ter o mesmo sucesso durante a aplicação da primeira dose, que atendeu mais de 4 milhões de crianças. No Distrito Federal, os postos de saúde já notam a presença desse público. A diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Maristela dos Reis, afirmou não ter dúvida de que a quase totalidade das 70.973 crianças voltarão para tomar a segunda dose. ;Temos um controle, e as que não voltarem, nós vamos atrás;, disse. ;É preciso estar sempre atento à saúde da criança, pois até os dois anos ela ainda está no processo de consolidação de seu sistema imunológico. Só depois dessa fase ela consegue, de forma mais satisfatória, reagir a todos os antígenos, vírus e bactérias;, completou.
Sabendo da baixa imunidade das crianças, Paula Coelho, 29 anos, e Maria Domingas Gonçalves, 40, já levaram seus filhos para tomar a dose. ;As crianças precisam receber uma atenção maior. Tenho uma sobrinha que morreu de meningite, pois não tinha se imunizado. E isso acendeu um alerta na família para todas as outras doenças;, disse Paula, que é mãe de Larissa Coelho, de 1 ano e 8 meses. ;É nosso dever nos preocuparmos e cuidarmos de nossas crianças, que são totalmente dependentes;, completou Domingas, mãe de Hugo César Gonçalves, de 11 meses.