postado em 06/05/2010 19:54
Em greve desde o último dia 26, os servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), do Ministério da Educação (MEC), marcaram nova assembleia para as 9h desta sexta-feira (7). Eles vão avaliar a proposta de alteração da classificação funcional feita pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os servidores do Inep reivindicam melhorias no plano de carreira.As tabelas de remuneração estão divididas atualmente em 24 padrões, com cinco classes de capacitação, tanto para o Inep quanto para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que também aderiu à paralisação. De acordo com o servidor Alessandro Borges, do comando de greve do Inep, pelo plano vigente é preciso mais de 20 anos para o funcionário alcançar o topo da carreira.
A proposta em análise fala na redução de 24 para 18 padrões e de cinco para quatro classes, de modo a reduzir o tempo de progressão e promoção nas carreiras do Inep e do FNDE. Dá, como exemplo, que o funcionário atualmente posicionado no padrão 20 será classificado no padrão 14 pela nova tabela. O secretário de Recursos Humanos, Duvanier Ferreira, assume o compromisso de também criar mais dois níveis de gratificação de qualificação no quadro.
Segundo Alessandro Borges, uma comissão técnica e jurídica está analisando texto divulgado ontem (5) no site do Ministério do Planejamento, segundo o qual os ;grevistas do Inep tiveram até 527% de aumento salarial em oito anos;. O resultado d análise deve ser apresentado à categoria na próxima segunda-feira (10).
Ele disse ainda que pontos do texto do ministério precisam ser esclarecidos: primeiro, o ministério deve mostrar quem teve o aumento mencionado e dizer porque, porque quem lê o título pode pensar que todos os servidores tiveram o referido aumento. Para Alessandro Borges, a matéria ;foi uma tentativa de desqualificar o movimento;, de deixar os grevistas moralmente abatidos.