postado em 09/05/2010 11:05
As famílias interessadas em adotar uma criança precisam passar por uma série de etapas até concluírem o processo. Antes mesmo de se inscreverem no Cadastro Nacional de Adoção são avaliadas por psicólogos e assistentes sociais.;Vamos verificar se existe equilíbrio emocional, afetividade, se é um ambiente em que impera a tolerância e o acolhimento, se todos os membros estão sintonizados com esse desejo da adoção;, explica o chefe de adoção da 1; Vara de Infância e Juventude do Distrito Federal, Walter Gomes.
Recentemente, uma procuradora do Rio de Janeiro foi acusada de maltratar uma criança que estava sendo adotada por ela. Para o juiz Francisco de Oliveira Neto, da Associação dos Magistrados Brasileiros, é preciso trabalhar para reduzir casos como este. ;Infelizmente essas situações às vezes acontece porque algumas coisas não aparecem no estudo social, não trabalhamos com dados matemáticos. Um estudo social bem feito é fundamental para evitar esses casos;.
Além da organização da família, Gomes aponta que a equipe responsável pelo estudo também investiga quais são os motivos verdadeiros para a adoção. ;A adoção tem que estar fundamentada por legítimas razões. Por meio dessas entrevistas filtramos o que está por trás desse desejo;.
Depois de receber o parecer positivo desta equipe é que o candidato é autorizado pelo juiz a se inscrever no cadastro. Ele precisa fazer um curso de pré-adoção e depois que encontra a criança é mais uma vez avaliado por psicólogos e assistentes sociais.
;São vários filtros e olhares que servem justamente para garantir a qualidade dessas famílias. A adoção é uma medida irrevogável. Não é um exercício recreativo, filantropia ou test drive. É para quem de fato deseja exercer as funções paternas ou maternas em relação a uma criança;, explica Gomes.