postado em 12/05/2010 15:22
Os esforços realizados no Rio de Janeiro, com o apoio da organização não governamental (ONG) Viva Rio, para conter o avanço da venda e do uso de armas de fogo na região foram elogiados nesta quarta-feira (12) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A parceria entre as duas entidades, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), elevou a qualidade do controle sobre as armas de fogo existentes no estado, incentivando o registro digital dos armamentos e estimulou a conscientização da população e a ação conjunta com as forças policiais.Para o biênio, de 2009 a 2010, o Pnud repassou para o Viva Rio US$ 200 mil. O dinheiro será investido em projetos de aprimoramento para a identificação e o registro de armas de fogo, assim como a elaboração de um banco de dados. Para os especialistas da ONU, a circulação de armas de fogo, sem o controle das autoridades, tem uma ligação direta com a violência nos países.
Desde 2003 está em vigor no Brasil o Estatuto do Desarmamento. Uma das metas é a centralização do controle dos dados sobre as armas de fogo. De acordo com a ONG Viva Rio, nos últimos anos houve uma redução de 90% na venda de armas para civis.
Em abril, a organização não governamental Instituto Sou da Paz divulgou pesquisa informando que aproximadamente 37 mil pessoas morrem por ano no Brasil por causa das armas de fogo. Só nas mãos de colecionadores há cerca de 155 mil armas, enquanto os policiais militares de todos os estados detêm 376 mil.
Em 2006, foi lançada a Declaração de Genebra sobre Violência Armada e Desenvolvimento. O objetivo desta declaração é reduzir os casos de violência armada até 2015. Neste ano, em março, 108 países assinaram o documento. Os cálculos, das autoridades das Nações Unidas, indicam que há pelo menos 875 milhões de armas pequenas e armamentos leves em circulação no mundo.