A primeira seção do STJ julgou hoje (12) o mérito da medida cautelar impetrada pelo governo pedido a ilegalidade da greve dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio).
O relator, ministro Benedito Gonçalves, votou a favor da abusividade integral da paralisação, mas foi vencido por 5 votos contra 3. A maioria acompanhou o voto da ministra Eliana Calmon, que determinava o retorno imediato dos servidores às atividades consideradas essenciais.
Para a presidente da Associação dos Servidores da Carreira Especialistas em Meio Ambiente do Distrito Federal (Asibama-DF), Lindalva de Cavalcante, o resultado foi favorável aos servidores. Segundo ela, o Comando Nacional da Greve deve se reunir com dirigentes de entidades e advogados para decidir quais serão os próximos passos do movimento.
;A partir do entendimento jurídico e político, nós vamos decidir qual vai ser a posição do comando nacional de greve que será enviada aos comandos estaduais. Esperamos que tão logo essa posição seja encaminhada, os estados analisem, verifiquem suas possibilidades para que a gente dê uma resposta ao governo;, disse.
A greve, que já dura um mês, é resultado da quebra de um acordo feito em 2008 entre governo e os servidores. Eles acreditam que o governo descumpriu parte do acordo que previa a criação de um grupo de trabalho para a reestruturação das carreiras. O governo afirma que a paralisação de todas as atividades é ilegal e fere o acordo.
Durante o julgamento, o comando nacional dos grevistas apoiado por servidores da Advocacia-geral da União (AGU), Polícia Civil, Universidade de Brasília (UnB), entre outros, promoveu uma manifestação em frente ao STJ. No Rio de Janeiro, os funcionários do Ibama e do Icmbio fecharam o acesso ao Cristo Redentor da Floresta Nacional da Tijuca.