O Ministério da Sáude confirmou na tarde desta sexta-feira (21/5) que as pessoas que receberam a vacina contra H1N1 e fizerem o teste para detectar o vírus HIV poderão ter um resultado falso positivo. Segundo o ministério, o resultado errado ocorre porque, ao tomar a vacina, o corpo começa a produzir anticorpos Imunoglobina M (IgM), que são produzidos diante da primeira exposição a um antígeno detectado pelo teste Elisa, o mais utilizado na detecção de anticorpos do anti-HIV.
O órgão orienta aos profissionais de saúde que informem aos pacientes que tomaram a vacina sobre a possibilidade da acusação de falso positivo para HIV e recomenda a essas pessoas que, ao detectarem o falso positivo no exame, realizem também o teste Western Blot, mais sensível e que define com mais precisão a presença de anticorpos anti-HIV no sangue, após 30 dias do primeiro exame.
[SAIBAMAIS]Apesar do problema detectado, o ministério afirma que não há motivo para preocupação e, inclusive, prorrogou até 2 de junho o prazo de vacinação para gestantes, idosos e adultos de 30 a 39 anos que ainda não tenham se vacinado.
A coordenadora da unidade de laboratório do departamento de DST/Aids e hepatites virais, Lilian Amaral Inocêncio, diz que uma das explicações para o resultado falso positivo é que a vacina contra H1N1 é muito recente e, por isso, não foram feitos estudos completos para checar reações ou efeitos colaterais causados pela vacina.
Mesmo assim, a coordenadora garante que a vacina é segura e diz que os brasileiros devem continuar a procurar os postos de saúde. De acordo com o ministério, até agora não houve qualquer reclamação a respeito do falso positivo.