Segundo a Defesa Civil estadual, o risco agora é que o oceano continue avançando sobre as demais construções e atinja a Lagoa do Peri, único ponto de captação natural da água usada para abastecer mais de 100mil pessoas que vivem na capital.
;Se o mar continuar avançando e as obras de contenção demorarem muito, há o risco disso acontecer, salinizando o lençol [freático]. Como a Lagoa do Peri fica 17 centímetros abaixo do nível do mar, a única coisa que impede o avanço do oceano são as dunas que estão sendo destruídas pela erosão;, disse à Agência Brasil o técnico da Defesa Civil estadual, major Márcio Luiz Alves.
Outra preocupação de Alves, é a previsão de chegada de uma nova frente fria que, juntamente com um ciclone extratropical, deverá atingir o litoral catarinense amanhã (28). Além de provocar ventos intensos que poderão chegar a 80 quilômetros/hora, até a próxima segunda-feira (31), os dois fenômenos climáticos deverão deixar o mar ainda mais agitado, causando ondas que poderão atingir 4 metros de altura.
Para conter os danos, a prefeitura começou hoje (27) a construir uma barreira de pedras para evitar que a água do mar avance ainda mais sobre a faixa litorânea. Segundo a prefeitura, serão usadas pedras pesando, no mínimo, duas toneladas. A previsão de conclusão do trabalho é de quatro a cinco meses.
Segundo a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), e o major Márcio Luiz Alves, o Ministério da Integração Nacional prometeu a liberação R$ 10 milhões para as obras. A assessoria do ministério, no entanto, informou que a Secretaria Nacional de Defesa Civil - órgão ligado ao ministério - ainda não recebeu um pedido formal, com a documentação necessária, dos governos estadual ou municipal.