Paulo de Sousa
postado em 28/05/2010 11:19
A greve dos policiais civis foi decretada ilegal na tarde de ontem. O juiz Cícero Martins de Macedo Filho, convocado para o Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, deferiu pedido de liminar requerido pelo governo do estado em ação civil pública determinando "a imediata paralisação do movimento grevista" e "o imediato retorno dos servidores grevistas a sua atividade".O juiz ainda fixou multa diária de R$ 5 mil para o caso de descumprimento da decisão por parte do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio Grande do Norte (Sinpol). Procurada ontem à tarde pela equipe do DN Online, a presidente do sindicato Wilma Marinho, disse que ainda não tinha tomado conhecimento da decisão da Justiça, mas opinou, de antemão, que tal decisão é "abusiva e fere os direitos do trabalhador servidor público". Wilma disse ainda que a greve vai continuar até que seja feito um acordo e que as reivindicações da categoria sejam atendidas.
Hoje à tarde, às 16h30, uma reunião entre o governador do estado Iberê Ferreira de Souza e representantes do sindicato pode decidir o futuro da greve, deflagrada desde o último dia 10. Vilma Marinho, dá um ultimato: "se o governador não resolver, vamos causar ainda mais estragos". A categoria ameaça suspender completamente o registro de boletins de ocorrência, que permanecem sendo feitos na Delegacia Geral de Polícia (Degepol), no bairro de Cidade da Esperança, em Natal.
Frustração
A reunião foi marcada, na última segunda-feira, para acontecer ontem pela manhã, na Governadoria. Policiais civis acamparam em frente ao prédio, para aguardar a decisão que seria tomada a conversa com o governador, mas acabaram frustrados. O governador não compareceu, pois estava em São Paulo, participando do Salão de Turismo. Os representantes do Sinpol foram recebidos pelo chefe do Gabinete Civil do Estado, Leopoldo Rosado, somente para remarcar o encontro para hoje.
Vilma Marinho afirma que já conversou anteriormente com os secretários de Segurança e deJustiça, porém, nenhum deles se mostrou apto a resolver as questões que envolvem as pautas de reinvidicações da categoria. "Queremos então conversar com o governador. Só vamos suspender a greve quando ele nos apresentar propostas favoráveis".