Rodrigo Couto
postado em 02/06/2010 08:23
Mesmo com a gravidade da influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína, a campanha de vacinação contra a doença não conseguiu atingir a meta de vacinar 80% do público-alvo em alguns dos grupos prioritários. A situação é mais grave com as crianças de dois a cinco anos e com os adultos na faixa etária de 30 a 39 anos. Das 9,6 milhões de crianças aguardadas nos 36 mil postos de saúde, pouco mais de 515 mil (5,4%) foram imunizadas. Já entre os adultos, a cobertura alcançou 16 milhões (55,2%), de um público esperado de 29 milhões. Hoje é o último dia de vacinação contra a gripe suína, que provocou a morte de 2.051 pessoas em todo o país no ano passado e de 64 em 2010 (até 8 de maio).Apesar da baixa procura da vacina entre as crianças de dois a cinco anos e entre os adultos de 30 a 39 anos, o Ministério da Saúde celebra a campanha como a maior já realizada no território nacional. A pasta informou que, até ontem, foram vacinadas 70,5 milhões de pessoas e que a campanha não será prorrogada. ;No mundo, o Brasil é o país que, proporcionalmente, mais vacinou a sua população;, comemorou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Preocupado com a tímida procura das doses para crianças de dois a cinco anos e adultos de 30 a 39 anos, Temporão fez um apelo a pais e responsáveis. ;As pessoas têm apenas hoje para se vacinar contra a gripe A (H1N1). Faço um apelo aos pais que levem as crianças aos postos;, ressaltou.
Balanço parcial do ministério revela que a meta de vacinação para profissionais de saúde atingiu 100%. Crianças de seis meses a 2 anos também foram imunizadas em sua totalidade. Entre os doentes crônicos, a marca também ficou em 100%. E o último grupo a ultrapassar a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde foi o de indígenas, com 83%.
Distrito Federal
A proximidade do inverno fez com que Elza Mesquita, 73 anos, levasse o neto, o pequeno Rafael Mesquita, 4 anos, a se proteger da gripe suína. ;Minha filha não pôde trazê-lo até o posto. Por isso decidi vacinar logo o menino;, explicou Elza, que já se imunizou. A missão de segurar Rafael ficou para a tia, Andréa, 43. A cara feia que o garoto fez na hora da agulhada representa proteção para os próximos 12 meses. ;Agora estou mais segura com ele vacinado;, disse a avó.