Estado de Minas
postado em 08/06/2010 16:08
O habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) à médica Gabriela Ferreira Corrêa da Costa, de 26 anos, revolta os parentes das vítimas do bando da degola. Ela é uma dos oito acusados de participar do macabro plano de extorsão, tortura e decapitação dos empresários Rayder Santos Rodrigues e Fabiano Ferreira Moura. Eles foram mortos em 9 de abril em um apartamento no Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte (mg).;Quero registrar minha sensação de revolta. Estou sentindo nojo de ter nascido neste país. Parece que nada é sério. Se o Frederico Flores for solto, não acredito em mais nada;, disse Rodney Rodrigues, de 42 anos, irmão de Rayder. No mês passado, Frederico Flores teve pedido de soltura indeferido pelo TJMG.
Segundo o advogado de Gabriela, Rafael Pires, o pedido de habeas corpus de sua cliente teve como base o ;desfundamento da sua prisão, visto que ela não atrapalha as investigações por estar solta;. Segundo ele, a médica está hospedada na casa de familiares. ;Solta, ela não representa perigo algum à sociedade;, acrescentou Pires.
Gabriela Costa foi solta da Penitenciária de Mulheres Estêvão Pinto, na madrugada de domingo (6). O advogado Luiz Astolfo também já está livre. Em 21 de maio, pedido de habeas corpus, impetrado pelo advogado Guilherme Marinho, foi aceito pelo STJ. O único encarcerado dos três que não tiveram preventiva decretada é o pastor Sidney Beijamin. Com a decisão, ele pode ser solto.
Prisão preventiva
Na segunda-feira, o juiz Maurício Torres Soares acatou a denúncia do Ministério Público e o pedido de transformação da prisão temporária para preventiva de Frederico Flores, apontado como líder da quadrilha, dos militares Renato Mozer e André Bartolomeu, do estudante Arlindo Soares e do garçom Adrian Grigorcea. Assim, eles responderão ao processo na cadeia. Mas o juiz negou a preventiva da médica Gabriela Costa, do advogado Luiz Astolfo Sales Bueno e do pastor Sidney Beijamin.