O Tribunal de Justiça do Rio concedeu alvará de soltura à ex-advogada Jorgina de Freitas, de 60 anos, condenada, no início da década de 90, por um rombo de R$ 310 milhões nos cofres da Previdência Social. O argumento foi de que ela já cumpriu a pena de 12 anos de prisão por peculato, que é o crime contra a administração pública. Jorgina já deixou o presídio Oscar Stevenson, em Benfica.
A ex-procuradora do INSS ficou conhecida como a maior fraudadora do órgão. O presidente do TJ, Luiz Zveiter, que expediu o alvará, afirmou que Jorgina pode voltar a ser presa. Jorgina estava detida desde 1997, após ter sido extraditada da Costa Rica. Dez anos depois, obteve o direito ao regime semi-aberto.
O registro de Jorgina na OAB do Rio foi cassado em 2001. O presidente da seccional, Wadih Damous declarou que ela pode voltar a exercer a profissão. Na cadeia, Jorgina ficou conhecida por organizar concursos de miss para outras presas. Agora solta, ela deverá devolver R$ 200 milhões ao Estado. No patrimônio de Jorgina há cerca de 60 imóveis em locais nobres do Rio, além de terrenos no interior do Estado, que irão a leilão para abater o débito.