Estado de Minas, Luiz Ribeiro/Estado de Minas - Enviado especial
postado em 05/07/2010 16:45
O mecânico Fábio Soares Barbosa, de 25 anos, foi assassinado com um tiro na nuca, na noite desse domingo, em frente à Igreja São Pedro, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Ele foi morto poucos minutos depois de chamar a atenção de um grupo que estava com um som alto em um carro, tendo em vista que o barulho estava atrapalhando a missa, celebrada no mesmo momento. Acontecia também a festa de São Pedro, com barraquinhas em frente à igreja. A missa, acompanhada por cerca de 400 pessoas, era celebrada pelo padre Reginaldo Cordeiro e se aproximava do seu final quando aconteceu o crime. Fábio, que ajudava na organização das atividades religiosas, chamou atenção de alguns jovens, que ouviam o som alto em um carro, e voltou para a porta da igreja, acompanhando a missa. De acordo com testemunhas, dois homens se aproximaram numa moto. O passageiro ; usando capacete ; desceu e caminhou em direção ao mecânico, que não viu o estranho, pois estava de costas. O homem pediu às outras pessoas que se afastassem e, à queima-roupa, atirou em Fábio, atingindo-o na nuca. A vítima teve morte instantânea. Em seguida, o atirador fugiu na moto que o aguardava, sem deixar pistas.
A missa foi interrompida por algum tempo, sendo reiniciada somente para a bênção final. A festa de São Pedro também foi suspensa na noite de domingo. O corpo de Fábio Soares foi sepultado nesta segunda-feira, em Montes Claros.
O assassinato - o 48; deste ano na cidade - causou e revolta e comoção entre líderes religiosos e demais moradores da Vila Atlântida, situada na região do Grande Santos Reis, área populosa da cidade. ;A comunidade ficou muito comovida. A nossa festa religiosa sempre aconteceu em paz, sendo realizada em área restrita, em frente à igreja, sem o comércio de bebidas alcoólicas", lamentou Joaquim Lopes Silveira, coordenador do Conselho Comunitário Pastoral da Vila Atlântida.
O coordenador da Pastoral Familiar da Igreja de São Pedro, Sinvaldo Oliveira Dias, lembra que Fábio Soares era muito prestativo e sempre participava das atividades religiosas na comunidade. "As pessoas aqui ficaram muito abatidas. É preciso que seja feita justiça", disse Sinvaldo.