Brasil

Polícia já tem pistas sobre ladrões da obra de Portinari

Diário de Pernambuco
postado em 16/07/2010 17:22
O caso do furto do quadro de Cândido Portinari, chamado Enterro, que foi roubado nesta quarta-feira do Museu de Arte Contemporânea de Olinda (MAC) está mais próximo de uma solução. Na tarde desta sexta-feira (16), durante entrevista coletiva, o delegado Manuel Martins e o perito Jandir Carneiroleão, responsável pela reconstituição do crime, anunciaram novas pistas sobre os suspeitos. De acordo com o perito, fragmentos de digitais foram encontrados no local do crime.

A moldura sem a obra foi colocada atrás de uma das janelas do museuOs indícios foram achados numa fita que foi utilizada para colar a moldura sem a obra atrás de uma das janelas do museu. ;Não era nem uma fita adesiva, era aquelas vermelhas, usadas para marcar o chão. Os ladrões tiraram o quadro e colaram a moldura vazia atrás de uma das janelas, provavelmente para retardar o descobrimento do furto;, explicou Jandir. Ainda segundo ele, a perícia agora vai classificar os fragmentos, identificando se são todos da mesma pessoa, ou de várias, antes de começar a comparar com as digitais dos funcionários do museu e com a listagem de criminosos da polícia federal.

;O cruzamento das digitais terá caráter exclusivo, ou seja, o suspeito será inocentado automaticamente se os dados não baterem;, afirmou o delegado Manuel Martins. Ele disse também que três rolos da mesma fita vermelha foram encontrados no almoxarifado do MAC. ;Até agora, todas as 17 pessoas que foram ao MAC no dia do furto são consideradas suspeitas pela polícia, fora os funcionários e voluntários que trabalham no local;.

O serviço Disque-Denúncia está oferecendo R$ 5 mil para quem fornecer informações sobre o roubo. Quem tiver qualquer informação sobre o roubo da obra pode ligar para os telefones (81) 3421.9595, para o Recife e Região Metropolitana, ou (81) 3719.4545, no interior. Lembrando que a segurança do MAC é feita apenas dois vigilantes e um monitor, responsáveis pelas mais de quatro mil obras do acervo, distribuídas por dois pavimentos. A Polícia Federal e a Interpol foram comunicadas do roubo e solicitadas a entrarem no caso.

Crime

A polícia acredita que as pessoas que levaram a obra entraram no museu como visitantes normais, assinaram o livro de visitas com nome falso, retiraram a obra da moldura, colaram a moldura atrás de uma das janelas do museu e saíram pela porta da frente. ;A madeira não registrou impressões porque é de material poroso;, ressaltou o perito Landir.

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