Brasil

Homem é preso com fotos de crianças

Ernesto Braga
postado em 21/07/2010 07:00
Belo Horizonte ; Agentes da Polícia Federal de Minas Gerais prenderam em flagrante um técnico em eletrônica de 26 anos acusado de trocar fotos de crianças nuas e em atos sexuais por meio da internet. Os policiais foram alertados por agentes da FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, que, depois de prenderem um criminoso naquele país, identificaram que uma pessoa em Minas fazia parte da rede de pedofilia.

Nos equipamentos apreendidos na casa do suspeito, num condomínio de luxo em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, foram encontradas imagens de bebês e crianças de 10 anos. O técnico em eletrônica, natural dos Estados Unidos, foi detido na tarde de segunda-feira em sua casa. Ele foi localizado a partir do levantamento do IP (sigla para Internet Protocol) de sua máquina. O IP, que é um número único mundial que identifica o equipamento em uso na rede de internet, foi rastreado pelos policiais norte-americanos, que chegaram ao acusado em Minas.

O delegado Euster Lamoia, que autuou em flagrante o técnico em eletrônica, vai dar continuidade às investigações a partir da perícia no computador e no notebook do acusado. Os agentes da PF também terão informações sobre a identificação dos equipamentos e das pessoas com quem ele trocou fotos. O delegado não deu mais informações sobre as crianças que aparecem nas imagens, não confirmando se as vítimas são brasileiras. Somente depois de perícia nas máquinas será possível constatar se o técnico produzia as fotos ou apenas as trocava na internet.

Depois de ser ouvido na sede da PF em Belo Horizonte e confessar seu envolvimento no caso, o acusado foi levado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. O técnico em eletrônica vai responder pelo crime previsto no artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente ; apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive na internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente. A pena prevista é de dois a seis anos de prisão e multa.

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