Brasil

Ibama diz que não vai aliviar fiscalização por causa de ano eleitoral

postado em 22/07/2010 17:28
O diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo, disse nesta quinta (22) que o governo não pretende aliviar a fiscalização do desmatamento ilegal e outros crimes ambientais durante o período eleitoral. ;A fiscalização ambiental não tem nada a ver com ano eleitoral. Se os prefeitos ou candidatos derem senha para desmatar, eles vão sofrer as consequências;, garantiu Evaristo.

[SAIBAMAIS]De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a orientação é de que se cumpra o planejamento de operações para este ano. São cerca de 226 operações até o fim de 2010, segundo o Ibama.

Entre agosto de 2009 e maio de 2010, a fiscalização embargou 139,5 mil hectares na Amazônia, fechou 65 serrarias e aplicou mais de R$ 860 milhões em multas. Segundo Evaristo, também foram apreendidos 59 tratores, 195 caminhões e mais de cem mil metros cúbicos de madeira. ;Ano eleitoral para nós [da fiscalização] não existe. Enquanto estamos aqui falando, temos 14 operações fortes em andamento na Amazônia, com mais de 200 homens;, acrescentou.

Números mais recentes sobre o desmatamento na Amazônia Legal, divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deixaram o governo otimista em relação à redução do desmatamento na região.

Entre agosto de 2009 e maio de 2010 (primeiros dez meses do período utilizado para calcular a taxa anual de desmatamento), a floresta perdeu 1.567 km;. A soma é 47% menor que a registrada no período anterior (agosto de 2008 a maio de 2009), de 2.960 km;. Os números são do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).

Apesar de a taxa anual ser calculada por outro sistema do Inpe, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), os números do Deter costumam antecipar os resultados consolidados.

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