Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta segunda-feira (26) que há grandes vulnerabilidades nas operações de defesa das Forças Armadas brasileiras. A constatação foi feita durante acompanhamento dos exercícios militares da Operação Atlântico 2, que reúne Marinha, Exército e Aeronáutica desde o último dia 19 na costa brasileira.
O ministro pediu aos comandantes do exercício que preparem um relatório completo sobre as principais deficiências dos militares. ;Nossas vulnerabilidades são grandes. Nós não podemos ter operações noturnas, por exemplo. Não temos mísseis antisubmarinos que possam ser lançados de aviões. Há uma série de coisas;, disse o ministro, no Rio de Janeiro.
A Atlântico 2, que reúne 10 mil militares e se encerra no próximo dia 30, é uma das operações conjuntas rotineiras que as Forças Armadas fazem para preparar o emprego do Exército, da Marinha e Aeronáutica em caso de ameaças externas. Entre os exercícios realizados está a defesa de instalações estratégicas, como o Complexo Nuclear de Angra dos Reis.
Ainda durante a visita ao Rio de Janeiro, o ministro disse que conversará nesta semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Lula sobre o programa de renovação da frota de caças da Força Aérea Brasileira (FAB), o chamado F-X2. Três tipos de aviões disputam a concorrência da FAB: o francês Rafale, o sueco Gripen NG e o americano F-18 Hornet.
Até o momento, o governo não anunciou o resultado da disputa. A Aeronáutica acredita que o anúncio da escolha só será feito depois das eleições de outubro.