O Ministério Público Federal (MPF) abriu sindicância para apurar denúncias feitas pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, em relação à campanha Carne Legal, lançada pelo próprio MPF no início de junho. A campanha relaciona o consumo de carne bovina de origem incerta ao desmatamento, ao trabalho escravo e à lavagem de dinheiro, por meio de três vídeos.
A presidente da CNA pediu a devolução aos cofres públicos dos R$ 400 mil gastos na campanha. Segundo ela, os responsáveis pela campanha ;consumiram dinheiro público na elaboração desse falseamento da verdade, que é apresentado à população brasileira;. Kátia disse que a campanha induz o consumidor a cobrar uma certificação oficial para a carne, o que não existe.
De acordo com Kátia, a divulgação tem servido de pretexto para outros países criarem barreiras às importações da carne bovina brasileira. ;O mundo dos negócios não perdoa ninguém, e o Brasil é o maior exportador de carne bovina;, afirmou a presidente da CNA.
Em 2009, ano da crise internacional, o Brasil exportou 1,2 milhão de toneladas de carne bovina. O volume embarcado para outros países gerou uma receita de US$ 4 bilhões.