postado em 10/08/2010 18:47
Setenta e oito por cento dos beneficiários do Programa Bolsa Família preferem a expansão do número de atendidos e outros 22% defendem o aumento do valor do benefício. Isso é o que revela pesquisa encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e divulgada nesta terça-feira (10).Entre as pessoas que estão fora do programa, 85% defendem a inclusão de mais famílias e 15% preferem que o valor do benefício seja aumentando. Somando beneficiários e não atendidos, 82% responderam pela expansão, contra 18% que optaram pelo aumento do repasse do programa.
Embora a maioria dos entrevistados prefira a expansão do programa, a ministra Márcia Lopes, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, disse que o reajuste do valor do benefício provoca efeito mais imediato nas famílias com maior número de crianças e adolescentes. ;Aumentar o benefício tem um impacto importante, porque diz respeito à melhoria de renda para as famílias com filhos na escola.;
A pesquisa avaliou também se as famílias têm dificuldades para cumprir as exigências do programa, como permanência das crianças na escola e vacinação em dia. Do total de entrevistados, 81% responderam não enfrentar problemas no cumprimento das condições exigidas pelo Bolsa Família. Entre as famílias urbanas, 84% disseram não ter dificuldade, contra 71% das que vivem no meio rural. A maioria dos entrevistados ; mais de 90%- sabe e entende quais são os critérios para ingressar no programa, conforme a pesquisa.
Perguntada se a divulgação dos dados agora não poderia ser considerada como eleitoreira, Márcia Lopes respondeu que isso faz parte de um cronograma do ministério e de realização da pesquisa.
O Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas Alimentares (Ifpri), responsável pela pesquisa, ouviu famílias beneficiárias e não contempladas pelo programa. O objetivo do Ifpri é medir os efeitos provocados pelo programa nas condições de vida dos beneficiários.
As famílias beneficiária ou não atendidas pelo programa foram ouvidas em 2005 e em 2009. Na primeira rodada, foram entrevistadas 15.426 famílias em 269 municípios. Em 2009, cerca de 11 mil famílias foram novamente entrevistadas. De acordo com os pesquisadores, a perda de amostra ocorre por dificuldades em localizar as famílias, mas foi considerada dentro dos padrões. A maioria dos dados divulgados hoje (10) se referem à avaliação de 2009.