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Brasil
Público terá acesso a 2,2 milhões de obras na Bienal Internacional do Livro de São Paulo
postado em 12/08/2010 16:04
A terceira maior feira de livros do mundo, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, na 21; edição, foi aberta, oficialmente, no fim da manhã de hoje (12/8), na zona norte da cidade. O público, estimado em cerca de 700 mil pessoas, terá acesso a partir de amanhã a 2,2 milhões de livros de 220 mil títulos diferentes.Durante os 10 dias da mostra serão lançadas 4,2 mil obras. O Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi ficará aberto entre 10h e 22h e sediará 1,1 mil horas de atividades culturais em um espaço de 60 mil metros quadros, distribuídos para 350 expositores, entre os quais editoras representantes de 900 selos.
A cerimônia de abertura da 21; edição teve como destaque as homenagens a dois expressivos nomes da literatura brasileira: Monteiro Lobato e Clarice Lispector, que foram escolhidos para compor os temas centrais das discussões culturais. As obras dos dois autores vão ganhar espaço especial durante a mostra.
Durante o evento de abertura, o ator Paulo Goulart dramatizou um trecho do livro Negrinha, de Lobato, em que o autor retrata a opressão sofrida pelos afrodescendentes durante o período da escravidão no Brasil. Já as atrizes Beth Goulart e Maria Fernanda Cândido interpretaram textos tirados de obras de Clarice Lispector, em que a autora exalta o gosto pela arte de escrever e a importância da mulher na sociedade.
Em defesa da democratização do hábito de leitura, a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Rosely Boschini, afirmou que as bibliotecas públicas deveriam ser multiplicadas. "Precisamos garantir maior acesso ao livro", declarou.
O governador de São Paulo, Alberto Goldman, informou que o governo paulista distribuiu, gratuitamente, 729 mil livros a estudantes e 10,6 milhões de exemplares de obras diversas a professores da rede de ensino público. Ele usou uma metáfora para ressaltar a importância do livro na vida das pessoas: " O livro é o pão da alma".
A Bienal Internacional do Livro de São Paulo é a maior feira do mercado editorial da América Latina e no mundo todo só fica atrás da feiras do livro de Frankfurt (Alemanha) e de Turim (Itália). Segundo os organizadores, a edição deste ano envolveu investimentos de R$ 30 milhões, valor R$ 8 milhões acima da última realização, em 2008.
Nesse primeiro dia do evento, o acesso será restrito aos profissionais do setor e convidados especiais com algum tipo de ligação com o mundo editoral. A partir de amanhã o valor do ingresso foi fixado em R$ 10, mas grupos de estudantes com visitas programadas entrarão de graça assim como pessoas maiores de 60 anos e crianças até 12 anos. Os estudantes sem agendamento prévio terão o benefício de um desconto de 50% no ingresso, pagando R$ 5.
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