postado em 14/08/2010 14:00
Com o cartão de vacinação em mãos, os pais chegavam com os filhos na Policlínica Dr. Rafael Vaz e Silva, em Porto Velho, para a segunda etapa de imunização contra a poliomelite. Na fila, em meio a inúmeras mães, Charles Pereira acompanhava a mulher e a filha Giovanna Perreira, de 1 ano e 11 meses. A expectativa é que cerca de 38 mil crianças menores de 5 anos sejam vacinadas em um dos 110 postos da zona urbana e 16 na zona rural em Porto Velho.Charles disse que não deixa de estar com Giovanna sempre que ela toma vacina. ;Isso desde a primeira vacina;. Segundo ele, as mães não podem deixar de imunizar os filhos: ;Mãe nenhuma deve deixar de vacinar seu filho, qualquer que seja a vacina.;
Mãe da pequena Isabela Borges, de 1 ano, Adriana Borges Dermoni mora em São Paulo e está passando férias em Porto Velho. Mesmo longe de casa, não deixou de vacinar a filha. Isabela chorou quando tomou as duas gotinhas, mas Adriana disse que vacina não é novidade para a menina. ;É importante para ficar livre da paralisia.;
O diretor da Policlínica Dr. Rafael Vaz e Silva, Lúcio Baraúna, explicou que a vacinação contra a poliomelite continua ao longo da semana e a criança que não estiver com o cartão de vacinação em dia pode aproveitar a ida a unidade de saúde para tomar as doses que faltam.
Com o slogan Não vá esquecer a segunda dose, hein?, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite tem a meta de alcançar 14,6 milhões de crianças em todo o Brasil, o que representa 95% de todos os menores de 5 anos. Na primeira etapa, em 12 de junho, 14 milhões de crianças foram imunizadas. Os dados são do Ministério da Saúde.
Desde 1989 não são registrados casos da doença no território nacional. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) a certificação internacional de erradicação da transmissão da poliomielite. A doença causa lesões que afetam o sistema nervoso provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores.