Rio de Janeiro ; O governador Sérgio Cabral elogiou a atuação da polícia durante a invasão do Hotel Intercontinental, em São Conrado, zona sul do Rio, na manhã deste sábado (21). Em nota, Cabral afirma que ;em breve o povo do Vidigal e o povo da Rocinha estarão livres do poder paralelo;.
O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou que o episódio de hoje não vai alterar o cronograma de implantação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Segundo Beltrame, ;a época em que a polícia agia ao sabor de acontecimentos já passou;. Ele recebeu a imprensa na sede do 23; Batalhão da Polícia Militar, no bairro do Leblon, para onde foram levados os dez integrantes do grupo armado, após se renderem aos policiais que faziam o cerco ao hotel.
Beltrame disse que os invasores eram traficantes da favela da Rocinha e, entre os presos, está o segundo homem na hierarquia do tráfico daquela comunidade. A mulher que morreu na troca de tiros, antes da invasão do hotel, foi identificada como Adriana Oliveira dos Santos e apontada como responsável pela contabilidade do tráfico na Rocinha. No tiroteio, seis pessoas ficaram feridas, sendo quatro policiais militares.
Segundo a Polícia Militar, 35 pessoas, entre funcionários e hóspedes, foram mantidas como reféns pelos bandidos, que entraram no hotel pela cozinha. O grupo estava armado com oito fuzis, cinco pistolas e uma granada.
Segundo a gerência do Intercontinental, um dos principais da rede hoteleira do Rio, cerca de 600 pessoas estavam hospedadas no momento da invasão. Muitos conseguiram deixar o hotel, mas a maioria foi orientada a permanecer em seus quartos.