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Brasileiros presos por suspeita de estupro na França terão assistência do Itamaraty

postado em 31/08/2010 19:02
O Consulado do Brasil em Paris vai dar assistência aos quatro brasileiros, com idades entre 23 e 34 anos, indiciados e presos naquele país sob a acusação de estupro e conivência com o crime. A vítima é uma estudante francesa, de 21 anos, violentada durante uma viagem de trem que fazia o percurso Barcelona-Paris.

Dois dos brasileiros foram indiciados pela polícia francesa por estupro. Os outros dois foram responsabilizados criminalmente porque assistiram ao crime e não impediram o ato.

As informações são de diplomatas brasileiros que acompanham o caso e da agência BBC Brasil. Os quatro suspeitos estão detidos em diferentes prisões de Paris. No entanto, receberam cópias da legislação francesa para que saibam como será a tramitação do processo judicial.

Os brasileiros também poderão contatar com suas famílias no Brasil, caso queiram. Para tanto, terão de preencher formulários, encaminhados pelo Consulado do Brasil na França. A representação diplomática também deixará a critério dos acusados a decisão de contratar advogados ou aceitar que o Estado indique defensores públicos para o caso.

De acordo com os investigadores, a estudante francesa disse que estava sentada sozinha em um vagão quando foi abordada pelos brasileiros. Ela contou que tentou fugir, mas foi isolada em uma área do trem. Segundo a jovem, dois homens a violentaram enquanto outros dois assistiram ao crime.

Os investigadores afirmam que os brasileiros fugiram quando o trem chegou à estação Gare d;Austerlitz, na capital francesa. Mas eles foram identificados por meio das câmeras de vigilância da estação. A estudante reconheceu os agressores pelas imagens mostradas pela polícia.

Os quatro suspeitos teriam sido detidos horas depois, no momento em que tentavam embarcar em outro trem. Segundo os investigadores, eles pretendiam deixar Paris. Os brasileiros acusados de estuprar a estudante podem ser condenados a uma pena até 20 anos de prisão. No caso dos outros dois que não impediram ato, a pena é de cinco anos de prisão.

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