postado em 09/09/2010 17:00
Depois de mais de seis horas, o depoimento do sargento César Rodrigues de Carvalho, suspeito de extorsão contra operadores de máquinas caça-níqueis e espionagem de políticos, advogados e jornalistas, terminou pouco antes das 16h desta quinta-feira (9/9), no Ministério Público de Canoas, no Estado do Rio Grande do Sul. O militar deixou o local e seguiu para o quartel da Brigada Militar de Porto Alegre onde está detido sob forte esquema de segurança. Ao deixar a promotoria, o advogado do sargento informou que, no depoimento, o seu cliente falou os nomes dos superiores que seriam os mandantes do acesso aos dados no Sistema de Consultas Integradas do governo gaúcho.
No entanto, em entrevista à imprensa, não citou as identidades alegando que o processo está sob sigilo. O defensor voltou a negar que o militar cobrava propina de casa de jogos e disse que ele agia de forma legal e acessava os dados em nome de superiores.
Momentos antes do depoimento, o promotor Amilcar Macedo e o advogado se encontraram na sede do MP. Macedo provocou o defensor de Rodrigues.
"Bom dia, doutor. Gostas de uma telinha, hein? Tens que gostar mais do seu cliente", disse. "Sou eu quem gosta?", rebateu o advogado.
A relação entre o advogado e o promotor ficou estremecida após o horário do depoimento do sargento ter sido divulgado pela imprensa. Macedo garante que não comunicou ninguém sobre o interrogatório.