Brasil

Policial militar reformado é preso por pedofilia em Montes Claros (MG)

Priscila Robini, Estado de Minas
postado em 24/09/2010 16:50
Um policial militar reformado foi preso suspeito de pedofilia e porte ilegal de armas pela Polícia Federal de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. De acordo com o delegado federal Fernando Bonhsack, o homem foi flagrado durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na fazenda onde morava durante a tarde de quinta-feira (23), em Botumirim, na operação batizada de "Operação Senhor das Armas".

Algumas armas foram encontradas em fundo falso de paredeA polícia havia recebido há dois meses uma denúncia de que Wendel de Nassau Nether, de 65 anos, guardava muitas armas em casa e assediaria algumas meninas da cidade. Depois de verificar que as denúncias eram verdadeiras, os investigadores solicitaram um mandado de busca e apreensão.

Segundo o delegado, na casa do suspeito foram encontradas várias armas, munição e muitas bombas caseiras. Entre as armas apreendidas estavam duas armas de uso restrito: um fuzil de uso exclusivo das Forças Armadas e uma Luger, uma pistola alemã calibre 9 milímetros. Bonhsack destacou que o fuzil tinha um brasão da República e que a procedência da arma será investigada.

Além das armas, a polícia encontrou um pen drive repleto de imagens de crianças em cenas de sexo explícito. O ex-policial militar foi preso em flagrante por porte ilegal de armas e por portar imagens de pornografia infantojuvenil, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Mais investigações

Wendel também é fundador de um coral formado apenas por meninas em Botumirim. A polícia vai investigar se houve algum tipo de assédio contra as crianças do grupo. O suspeito também se mostrou violento na Delegacia de Polícia Federal de Montes Claros, onde ameaçou os agentes federais de morte caso saísse da cadeia.

O delegado disse ainda que mulheres da família do suspeito o procuraram para formalizar denúncias de abuso. Elas teriam sido estupradas pelo ex-policial há alguns anos. "Todas as denúncias serão investigadas", competou Bonhsack.

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