postado em 10/10/2010 09:44
No Brasil, acidentes domésticos que poderiam ser facilmente evitados causam a hospitalização de 137 mil crianças e a morte de outras cinco mil todos os anos. A sufocação é a principal causa da morte dos bebês de até um ano %u2014 eles, geralmente, engasgam com pequenos objetos levados à boca. Especialistas afirmam que comprar brinquedos adequados à idade da criança e certificados pelo instituto que cuida da segurança desses produtos já é um bom começo para evitar grande parte desses incidentes.
Mãe de três meninos, Flávia Oliveira sempre compra os brinquedos de seus filhos em lojas conhecidas. "Confio na qualidade dos produtos dessas lojas pela credibilidade que elas têm. Peço sempre um recibo e, se tiver algum problema, vou até lá cobrar uma solução".O especialista do Inmetro diz que pedir um documento legal que comprove a compra do produto é fundamental, mas explica que, em caso de problemas, o consumidor deve primeiramente procurar o fabricante do produto. "Se o fabricante se abster da responsabilidade, deve-se entrar em contato com o Procon para resolver a questão", diz. Se o produto causar algum risco à criança, o responsável deve também entrar em contato com o Inmetro. "Todas as denúncias de risco à saúde ou segurança das crianças são investigadas e, se comprovadas, medidas de correção e multas poderão ser aplicadas ao fabricante", afirma.
A coordenadora de mobilização da ONG Criança Segura, Jaqueline Magalhães, defende que verificar a presença do selo do Inmetro na embalagem do brinquedo e também a idade indicativa são atitudes importantes na escolha do produto. "Na maioria das vezes, os acidentes com crianças podem ser evitados. Muitos pais não tomam medidas simples de prevenção, como fazer essas verificações", lamenta. Coscarelli explica que quem estipula a idade indicada é o fabricante, mas o Inmetro constata se a escolha foi adequada. "Principalmente pais de crianças pequenas, de até dois anos de idade, devem prestar atenção a essa informação. Os brinquedos indicados a esses bebês não podem conter peças pequenas que possam ser engolidas", diz.
"Vamos todos juntos comprar os presentes. Eles escolhem o que querem, mas sou eu quem decido se vamos levar ou não. Verifico se o brinquedo é perigoso", conta Flávia. "Bolas de gude e peças pequenas de montar não entram aqui em casa, por causa do caçula, que tem dois anos ainda."