Brasil

Jovem acorrentado pelos pais põe fogo no quarto

Rapaz de 22 anos, segundo a mãe, é esquizofrênico e fica preso para não criar confusão. No interior, incêndios assustam

Estado de Minas
postado em 15/10/2010 08:30
Um jovem de 22 anos, portador de necessidades especiais, que era mantido acorrentado à cama pelos pais, por pouco não morreu ontem, vítima de um incêndio. Com um fósforo, Arlan Amantino dos Santos ateou fogo nas roupas, cobertores, lençóis e no colchão do quarto onde ficava preso. As chamas se alastraram rapidamente pelo cômodo da casa, na Rua Touro, no Bairro Ribeiro de Abreu, na Região Nordeste da capital.

Com uma caneca, a mãe do rapaz, a doméstica Aparecida Maria Bastos dos Santos, de 47 anos, conseguiu apagar o fogo e socorrer o filho. O incidente ocorreu por volta das 9h. No momento, Aparecida estava na área de serviço e o marido tinha saído cedo de casa. ;O Arlan me chamou aos gritos, dizendo que ia morrer. Corri para ver o que era e quando cheguei no quarto, as chamas ttomavam conta de tudo;, contou a doméstica.

De acordo com Aparecida, ela tentou pegar a mangueira, mas, como não chegava até o quarto, correu até a cozinha e usou uma caneca com água. Quando os Bombeiros chegaram, o incêndio estava controlado. Os militares cerram as correntes que prendiam o jovem à cama e o levaram para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS). Segundo a unidade de saúde, Arlan sofreu pequenas queimaduras pelo corpo e foi mantido no oxigênio por ter inalado muita fumaça.

De acordo com a doméstica Aparecida Maria Bastos, seu marido resolveu acorrentar o filho para evitar que ele se envolvesse com problemas. Ela afirmou que não foi a primeira vez que Arlan provocou um incêndio na casa. Mesmo assim, ela deixava uma caixa de fósforo para que o filho iluminasse o quarto à noite. Aparecida disse ainda que, quando não está acorrentado, o rapaz vai para a rua, agride as pessoas e usa bebida alcoólica e drogas, oferecidas pelos moradores do bairro. Conforme a doméstica, as crises do filho surgiram aos 16 anos, quando ele foi diagnosticado pelos médicos como esquizofrênico. ;Desde então ele ficou mais agressivo. Uma vez até cortou os pulsos;, relatou.

Loja e ônibus queimados Um incêndio iniciado em uma loja de lustres ganhou grandes proporções no Centro de Juiz de Fora, na Zona da Mata, na manhã de ontem, atingindo também um prédio e um pet shop. Ao menos 24 bombeiros trabalharam no controle das chamas, que consumiram 150 mil litros de água. Ninguém ficou ferido. Em Montes Claros, no Norte de Minas, um ônibus usado no transporte urbano pegou fogo, em movimento, causando grande susto nos passageiros. Ninguém se feriu.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação