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PF prende 24 pessoas acusadas de fraude em empréstimos bancários em BH

postado em 19/10/2010 15:25
Cecilia Kruel
Pedro Ferreira

O delegado Felipe Baeta, da Delegacia de Repressão a Crimes do Patrimônio da PF, afirmou que um suspeito da quadrilha ainda não foi localizadoA Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (19/10), 24 pessoas suspeitas de participarem de uma quadrilha de Belo Horizonte (MG) especializada na obtenção fraudulenta de empréstimos bancários e financiamentos para compra de veículos. O delegado Felipe Baeta, da Delegacia de Repressão a Crimes do Patrimônio da PF, afirmou que um suspeito ainda não foi localizado.

Dos presos, cinco foram considerados pela polícia como líderes da quadrilha. O grupo falsificava documentos pessoais para conseguir empréstimos em financeiras, abrir contas em bancos, comprar produtos em lojas de conveniência, e principalmente, adquirir veículos financiados e revender no mercado ilegalmente.

Um dos integrantes do grupo tinha dois mandados de prisão em aberto contra ele e responde a 22 processos no Fórum Lafayette, na capital mineira. Outro membro da quadrilha também era procurado pela polícia por crimes contra o sistema financeiro.

Outros 19 detidos são funcionários de concessionárias e revendedoras de veículos da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os empregados adquiriam documentos falsificados com a quadrilha para facilitar a venda e o financiamento de veículos para atingir as cotas impostas pelas empresas.

A polícia cumpriu ainda 34 mandados de busca e apreensão nas cidades de Brumadinho, Contagem, Caeté, Betim e Belo Horizonte. Foram apreendidos quatro veículos, placas de carros, dois revólveres e um fuzil usado na Primeira Guerra Mundial, além de HD;s e impressoras. A polícia visitou dez concessionárias e revendedoras, sendo duas representantes autorizadas da Honda.

Todos os detidos vão responder por falsificação, uso de documentos falsificados e formação de quadrilha. Participaram da operação 170 agentes da Polícia Federal.

Crime habitual

Conforme apuração da Polícia Federal, as negociações ilícitas entre os falsificadores e as mais diversas concessionárias de automotores era uma prática habitual. Conforme levantamentos realizados junto às instituições financeiras, Minas Gerais é o estado onde há maior índice de fraudes em financiamento de veículos.

O delgado Batea não soube informar qual o prejuízo causado pela quadrilha, mas estima que pelo menos 60 veículos foram adquiridos com documentos falsos e revendidos ilegalmente.

As investigações começaram há seis meses, quando um policial federal de Belo Horizonte teve seus documentos clonados. A quadrilha usou os dados do agente para a abertura de contas bancárias em várias instituições financeiras, aquisição de empréstimos, abertura de crédito em lojas de departamento, compras fraudulentas de bens móveis, tais como roupas, eletroeletrônicos e carros, assinatura de telefone e TV à cabo.

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