Brasil

Apreensão de crack no Rio aumenta 5,4% no primeiro semestre do ano

De acordo com balanço criminalidade do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), a cocaína lidera o ranking de apreensões de drogas, com 41,4%, seguida da maconha, com 39,8%

postado em 20/10/2010 19:02

Rio de Janeiro ; O número de apreensões de crack no estado do Rio de Janeiro aumentou de 11,8% no primeiro semestre de 2009 para 17,2% no mesmo período de 2010. A cocaína lidera o ranking de apreensões de drogas, com 41,4%, seguida da maconha, com 39,8%. As informações foram divulgadas hoje (20) no balanço criminalidade do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP).

Para o pesquisador José Facury, do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), o consumo de crack no Rio tem aumentado nos últimos oito anos devido à migração dos traficantes das grandes organizações para a venda varejista da droga. Segundo Facury, a polícia deve fazer o seu papel para coibir o aumento do consumo de crack.

;Acho que está fadado a crescer mais [consumo de crack] se a inteligência da polícia não agir de uma forma que possa coibir esses pequenos varejistas que fogem das grandes organizações criminosas para fazerem esses trabalho de venda do crack. E logicamente o trabalho que é nosso de prevenção, mostrando a capacidade do crack de destruir a pessoa que o usa;, afirmou.

A pesquisa do ISP também mostrou que o número de homicídios dolosos no estado do Rio de Janeiro no primeiro semestre de 2010 caiu 20,2% em comparação com o mesmo período de 2009. Em termos de valores absolutos, foram 646 vítimas a menos. Já a quantidade de prisões aumentou em 10,7% em todo o estado de janeiro a julho deste ano ao ser comparado com os dados de 2009.

Em relação à apreensão de armas, a quantidade diminuiu em 17% entre janeiro e julho deste ano em comparação ao mesmo período de 2009. Mesmo em número menor, a quantidade de armas apreendidas no primeiro semestre deste ano é de grande potencial destrutivo.

A pesquisa também mostrou que o número de policiais civis e militares mortos em serviço diminuiu. Enquanto no primeiro semestre do ano passado 23 policiais morreram, este ano foram oito mortes neste mesmo período.

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