;Temos que sair do formalismo e começar a trabalhar criativamente, dentro do espectro legal, para que todo mundo assuma que é pelas fronteiras que as drogas e armas que as sustentam estão passando. Além de uma forte atuação de repressão qualificada nas cidades, temos que ter mais parceiros na atuação nas fronteiras;, afirmou Balestreri hoje (22), durante assinatura de convênios de cooperação técnica para integração operacional e reaparelhamento das delegacias de Polícia Civil especializadas no combate ao narcotráfico.
De acordo com o secretário, o projeto de integração operacional começa por 11 estados: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Pará, Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que estão mais articulados na área, mas será estendido aos demais. Cada um deve receber, ainda este ano, R$ 500 mil. ;É um recurso para começar o processo de padronização do trabalho entre os estados e será usado na compra de softwares e equipamentos de comunicação e investigação.; O efetivo brasileiro, acrescentou ele, está dentro do padrão internacional. ;Trata-se de ter uma gestão competente e com mais serviço de inteligência;
O superintendente da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Aloísio Franco Oliveira, disse que seu estado tem a maior fronteira seca do país, com o Paraguai e a Bolívia, e o intercâmbio de informações com outras unidades da Federação facilita muito o trabalho. ;Crime organizado se combate muito mais com serviço de inteligência do que com armamento e pessoal. As armas e drogas que chegam ao Rio de Janeiro passam por Mato Grosso do Sul. Então, temos que conversar cada vez mais;.
O secretário de Segurança do Paraná, Aramis Linhares Serpa, também destacou que as operações conjuntas de inteligência combaterão com o narcotráfico com mais eficácia. ;O trafico de drogas não tem fronteiras. Então, temos que trabalhar em conjunto para que os estados não atuem isoladamente.;