Pedro Ferreira
postado em 28/10/2010 16:46
O empresário Paulo Roberto Ramos, de 66 anos, fugiu do Hospital Santa Lúcia, em Poços de Caldas, Sul de Minas, para não ser submetido a uma cirurgia no coração, mas morreu em seguida em um grave acidente de trânsito, na tarde de quarta-feira. Com o impacto, o motor do Peugeot dele foi arrancado. O corpo do empresário ficou preso às ferragens e foi retirado pelo Corpo de Bombeiros.O Peugeot 407 do empresário, placa HKV 8398 bateu de frente num caminhão e envolveu mais três carretas, no km 17 da rodovia LMG 877. Segundo a polícia, Paulo Ramos dirigia em alta velocidade, seguido por um carro da família e uma ambulância do hospital, provocando o acidente ao fazer uma ultrapassagem proibida.
O motorista de uma das carretas teve um ferimento leve na cabeça e foi socorrido pela ambulância que seguia o empresário. Outra unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local, mas a médica constatou que o empresário já estava morto. A perícia esteve no local e as causas do acidente serão apuradas pela Polícia Civil. O trânsito ficou congestionado na pista sentido São Paulo e a polícia jogou serragem sobre o óleo derramado para evitar outros acidentes.
A diretora administrativa do hospital, Maria Daré, disse que o paciente já havia recebido alta do CTI e aguardava a chegada de uma ambulância para levá-lo para São Paulo, onde seria feita a cirurgia, por determinação da família. "Ele já estava na recepção do hospital com a mulher e a filha para esperar pela ambulância. De repente, pegou a chave do carro dele que estava aqui e saiu. Não sabemos o motivo, mas a família um outro carro e foi atrás, a ambulância também. Mais tarde, chegou a notícia do acidente e ficamos perplexos", disse Maria Daré.
De acordo com a diretora do hospital, o quadro de saúde do paciente estava sob controle e a cirurgia não era de urgência e poderia esperar até uma semana. Paulo Roberto deu entrada no hospital na terça-feira, depois de sofrer um enfarto. Ele foi submetido a vários exames e os médicos haviam indicado uma cirurgia cardíaca. "Uma fatalidade", lamentou Maria Daré.