postado em 02/11/2010 15:50
São Paulo - Os 22 cemitérios da cidade de São Paulo e o Crematório de Vila Alpina devem receber cerca de 2 milhões de visitantes durante os quatro dias do feriado de Finados, de acordo com expectativa do Serviço Funerário do município (FMSP). Para isso, mil funcionários estão de plantão até as 19h, orientando os visitantes. Segundo dados do Serviço Funerário, cerca de 150 pessoas são sepultadas diariamente em São Paulo e 15 são cremadas. Neste ano, foram 35 mil pessoas sepultadas em todos os cemitérios do município.
Para facilitar a ida aos cemitérios, a SPTrans implantou uma operação especial hoje (2), com 336 linhas de ônibus, frota reforçada e partidas com intervalos menores. Todas as linhas são identificadas em placas no vidro da frente dos ônibus, indicando que cemitérios atendem.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também montou um esquema especial de trânsito nas imediações dos principais cemitérios da cidade, para melhorar o fluxo de veículos, a acessibilidade, o estacionamento e a segurança do visitante.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Polícia Militar (PMESP) intensificaram o patrulhamento para garantir a segurança e a tranquilidade das pessoas que visitam os túmulos de parentes e amigos.
Pelo Cemitério da Lapa, na zona oeste da capital, devem passar 1.500 pessoas. A pensionista Lourdes Conceição de Oliveira Augusto disse que visita os túmulos do marido, do irmão, do pai e da mãe todos os anos no feriado de Finados e nos aniversários deles. ;Desde que meu pai morreu, há 54 anos, venho ao cemitério nessas datas. Se não vier, não fico com a consciência tranquila. Quando venho, me sinto em paz;.
O comerciante João Pereira Borges, de 54 anos, também vai ao cemitério todos os anos. Segundo ele, é importante fazer uma prece para os parentes no local onde foram sepultados. ;É um jeito de estar perto de quem já se foi. Venho porque gosto de visitar meus pais e minha irmã que estão aqui;. Além disso, Borges aproveita o dia para verificar se é preciso fazer alguma manutenção no túmulo.
A advogada Mariana Campos Fernandes, 30 anos, acompanha a mãe ao cemitério desde que o pai morreu, há dez anos. ;Sou a única dos meus três irmãos que gosta de vir com ela. Sei que ela fica feliz e aproveito para acalentar meu coração, fazendo uma oração. Acho falta de respeito não vir;, acrescentou.
Também acompanhada dos filhos e netos, Maria Alpina Tavares já não tem mais a mesma vitalidade. Aos 80 anos está doente, mas não abriu mão de visitar o túmulo do marido, que morreu há 20 anos. ;Ele me faz muita falta, então venho porque gosto de colocar flores para ele, de rezar, e essa é uma forma de homenagear a quem tanto amei e ainda amo;, afirmou.