postado em 16/11/2010 08:25
Rio ; O estudante Douglas Igor Marques Luiz, 19 anos, baleado no abdômen supostamente por um militar, próximo ao Arpoador, no Rio, teve alta por volta do meio-dia de ontem. Douglas e um grupo de amigos, todos assumidamente homossexuais, estavam conversando nas pedras do local quando teriam sido abordados por militares do Exército, por volta de meia-noite e meia, na madrugada de domingo para ontem. Douglas acusa um agente do Exército de ter disparado contra ele.De acordo com o Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde o jovem foi atendido, o disparo foi feito de um fuzil e o atingiu de raspão. A mãe do jovem, a universitária Viviane Marques, 37 anos, diz que o filho foi vítima da intolerância e que os militares que o abordaram fizeram perguntas sobre a orientação sexual do garoto antes do disparo.
Ameaças
Preocupado com a possível repercussão negativa do caso, o Comando Militar do Leste divulgou uma nota informando que nenhum militar disparou arma de fogo no Arpoador no horário em que o estudante Douglas Marques Luiz foi encontrado baleado. Já a Polícia Civil do Rio enviou um ofício ao Exército requisitando a apresentação do oficial responsável pela área para prestar depoimento.
Ela já havia solicitado ao Comando Militar do Leste a lista de todos os militares que estavam em serviço na noite de domingo. ;Os militares teriam chegado ao grupo fazendo ameaças e, então, houve o disparo. Estamos em contato com o Exército para conseguir chegar aos suspeitos, já que a vítima nos disse que seria capaz de reconhecer o responsável pelo tiro;, disse o delegado Alessandro Thiers, da 14; DP, no Leblon, onde o caso foi registrado. Douglas e os amigos haviam participado da 15; Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas Gays Bissexuais e Travestis), no último domingo, em Copacabana.