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Sem-teto retirados de prédio no centro de SP acampam em frente à Câmara

postado em 25/11/2010 20:41
São Paulo - As famílias que foram retiradas na manhã desta quinta-feira (25/11) de um prédio na Avenida Ipiranga, na região central da capital paulista, após a Justiça determinar a reintegração de posse, estão neste momento acampadas em frente ao prédio da Câmara Municipal. Segundo a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas participam da manifestação.

O coordenador da Frente de Luta por Moradia (FLM), Osmar Borges, disse, em entrevista à Agência Brasil, que uma reunião está prevista, ainda hoje, com representantes da prefeitura. ;Estamos aguardando por essa reunião. Vamos tentar dialogar sobre a possibilidade que eles estão apresentando (de irmos) para os prédios vazios na cidade de São Paulo;.

O processo de reintegração de posse foi pacífico, segundo informaram a Polícia Militar e o coordenador da Frente de Luta por Moradia. Cerca de 1,2 mil pessoas foram retiradas do edifício que havia sido ocupado em 4 de novembro.

Por meio de nota, a Secretaria de Habitação de São Paulo, informou que o prédio que estava ocupado por integrantes da FLM é particular e o proprietário já encaminhou à prefeitura um projeto de reforma e adaptação para construir moradias para pessoas de baixa renda. Ainda segundo a secretaria, os integrantes da FLM não são os únicos que enfrentam problemas de moradia na cidade. "Segundo o Plano Municipal de Habitação, atualmente em debate, há cerca de 800 mil famílias paulistanas vivendo sob algum tipo de inadequação, seja de posse legal dos seus imóveis, pagando aluguel excessivo em relação a sua renda ou morando em área de risco;, diz a nota.

De acordo com a Secretaria de Habitação, a prefeitura está desenvolvendo um programa de urbanização de favelas que deve beneficiar 170 mil famílias até 2012. Para a região central da cidade, informa a nota, a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab) está desapropriando 53 prédios da região para construir cerca de 2,5 mil moradias. Também devem ser construídas três mil moradias com o projeto de concessão urbanística da Nova Luz, também no centro da cidade.

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