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Apoio da Marinha à PM do Rio tem aprovação popular, diz comandante da Força

postado em 26/11/2010 13:57
Rio de Janeiro ; O comandante da Marinha, Júlio Soares de Moura Neto, avaliou hoje (26/11) a participação dos tanques blindados nas ações contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro como positiva para as Forças Armadas. Ele afirmou que o apoio da Força à Polícia Militar, nas operações de ocupação de território dominado por bandidos.

;Eu acho que a Marinha cumpriu o papel dela, fico satisfeito. A Marinha tem necessidade de estar junto com a sociedade e esse é o papel mais importante que ela tem;, afirmou o almirante de esquadra.

Segundo Moura Neto, a Marinha está disposta a atender aos anseios da sociedade brasileira, entre eles a garantia da ordem e da paz. Ele disse que compete à Força as tarefas de garantir, por exemplo, a soberania do país e dos interesses brasileiros no mar, mas ela também tem capacidade de atuar em terra por meio dos fuzileiros navais.

O comandante informou que, até o momento, o único apoio solicitado pelo governo do estado à Marinha foram os blindados, mas disse que, se houver outro pedido, será avaliado. Moura Neto não manifestou apreensão quanto à avaria em um dos tanques durante o confronto de ontem (25) e se disse satisfeito pelo resultado da ação policial com o equipamento dos fuzileiros.

Ao comentar a recepção positiva dos moradores da Vila Cruzeiro, o comandante lembrou que as Forças Armadas lideram o ranking de instituições bem acreditadas, de acordo com o Índice de Confiança na Justiça, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A pesquisa feita pela Escola de Direito da FGV e divulgada no segundo trimestre deste ano apontou 63% de aprovação para as Forças Militares. Depois, vêm as grandes empresas (54%), o governo federal (43%), emissoras de TV (42%), a imprensa escrita (41%), a polícia (38%) e, por último, a Igreja Católica (34%). Na pesquisa, foram ouvidas 1.550 pessoas de várias faixas de renda e de escolaridade.

O comandante da Marinha participou hoje da passagem de cargo de comandante de Operações Navais a bordo do porta-aviões São Paulo, atracado na Baía de Guanabara, na capital fluminense. Deixa o cargo o comandante de esquadra Luiz Umberto de Mendonça e assume o almirante de esquadra João Afonso Prado Maia de Faria, que acumulará a função de diretor de Navegação da Marinha. O posto é responsável pelo comando das ações da tropa de fuzileiros, caso seja convocada para atuar nas ruas com a polícia e os 800 homens do Exército, autorizados pelo Ministério da Defesa.

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