Rio de Janeiro ; Cinco pessoas ficaram feridas durante troca de tiros entre militares e criminosos no Complexo do Alemão, na tarde desta sexta-feira (26/11). O Exército está no local para coibir a onda de violência que atinge o Rio de Janeiro desde o último domingo.
Um militar da Brigada Paraquedista do Exército ficou ferido na perna. O confronto entre traficantes e militares ocorreu nas ruas Paranhos e Itararé, em Olaria, um dos acessos à comunidade. Um fotógrafo da Reuters também foi atingido.
Traficantes do Morro da Baiana, que fica na região, e são comandados pela mesma facção criminosa, também atiraram em direção aos militares, que participam da ação juntamente homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Mais cedo, o tenente da Polícia Militar, Rafael Soares, lotado no batalhão de Olaria, também foi ferido na perna esquerda em uma operação no Morro da Chatuba, também no Complexo do Alemão. O militar seguiu para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e já foi liberado.
A dona de casa, Luiza de Moraes, de 61 anos, foi atingida dentro da residência, no Complexo do Alemão, durante um tiroteio entre os militares e os traficantes. Policiais a levaram ao Hospital Getúlio Vargas, onde foi montada uma estrutura especial para atender aos feridos dos confrontos na região.
Há pouco, uma criança de 2 anos chegou ao hospital, atingida no braço esquerdo por um tiro de fuzil. Ela estava no interior da residência, na Rua Aristóteles Ferreira, na Favela Nova Brasília. A criança foi socorrida pela mãe e um vizinho.
Relatos
O repórter fotográfico do Correio Braziliense Iano Andrade viajou para o Rio de Janeiro e acompanha a operação das polícias Militar e Civil e das Forças Armadas nas favelas do Complexo do Alemão. Ele presenciou uma pessoa ser baleada, na Estrada do Itararé, durante troca de tiros entre militares e criminosos. "Há muitos curiosos, muita gente na rua. Um homem disse que tinha largado o trabalho para ir ver o que estava acontecendo", conta.
Apesar da curiosidade, o repórter fotográfico relata que o clima de apreensão é grande entre a população e os moradores da localidade correm para chegar rápido em casa. O comércio está todo fechado.
Com Agência Brasil