O Coronel Lima Castro, relações públicas da PM do Rio reforçou o pedido feito pelo comandante-geral da PM mais cedo, para que os traficantes que estão cercados no Complexo do Alemão se entreguem e evitem um confronto direto com a polícia. Durante entrevista ao vivo na TV, na tarde deste sábado (27), o coronel afirmou que a polícia está pronta e pode invadir o conjunto de favelas a qualquer momento. ;É o momento exato das pessoas se entregarem e preservarem suas vidas;, disse o coronel.
De acordo com o RP, foi montado na comunidade um local na Rua Joaquim de Queiroz, no alto da favela, na Zona Norte do Rio, para que sejam feitas as rendições.
A polícia estima que tenha de 500 a 600 pessoas ligadas ao narcotráfico refugiadas no complexo do Alemão, entre eles, traficantes do próprio complexo e os que fugiram da Vila Cruzeiro. O relações públicas da PM afirmou ainda que a situação na Vila Cruzeiro, invadida pela polícia nesta semana, está sob domínio da PM.
[SAIBAMAIS]Invasão do complexo
O comandante-geral da Polícia Militar do Rio, Coronel Mário Sérgio Duarte, disse que a polícia pode entrar a qualquer momento nas favelas do complexo do Alemão, na zona norte do Rio. A declaração foi dada durante entrevista coletiva no 22; Batalhão da PM, nesta manhã. O comandante fez ainda um apelo aos traficantes para que eles se rendessem antes de uma possível ação da PM. Ele anunciou que as tropas do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Exército vão invadir todas as favelas da região ainda hoje e ordenou também que os traficantes desçam em fila indiana com as mãos na cabeça, ;enquanto ainda há tempo;.
;Nós estamos com tudo pronto para fazer o resgate daquele território. Por isso nós estamos ordenando aos criminosos para que se entreguem enquanto ainda há tempo. Os criminosos que quiserem se entregar que levantem suas armas, nós os estaremos esperando para encaminhá-los ao cárcere;, afirmou.
Mediador
Logo após as afirmações, os traficantes que estão cercados no conjunto de favelas do Alemão fizeram contato com José Júnior, o mediador de conflitos e coordenador do Afroreggae, para iniciar uma conversa antes da invasão da polícia, informou o site da Folha de S. Paulo.
José Junior desceu do alto do morro acompanhado de cinco integrantes da organização não governamental (ONG) para conversar com os líderes do tráfico de drogas para que se rendam e entreguem as armas. O coordenador do Agrorregae não quis falar com os jornalistas. Ele estaria funcionando como uma espécie de mediador para a rendição dos traficantes.
Manifestação
Dezenas de moradores da comunidade estão na parte baixa do morro, vestindo roupas brancas e segurando cartazes pedindo paz para o Complexo do Alemão. Desde a última segunda (22/11), 35 pessoas morreram e mais de 100 estão presas no Rio.
* Com informações da Agência Brasil