O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, fez um balanço do primeiro dia de ocupação do Complexo do Alemão, inciada no início da manhã deste domingo (28/11), e garantiu que toda a área vai "permanecer ocupada e policiada".
Em sua breve avaliação feita para a imprensa, ele considerou que as forças de segurança envolvidas na ação ; as polícias Civil, Militar e Federal, além das Forças Armadas ; obtiveram êxito, mas ressaltou que há ainda muito a ser feito para que a paz seja completamente restabelecida nas comunidades, até então sob o poder de criminosos. "Ainda não vencemos a guerra, mas vencemos a mais importante e difícil batalha", resumiu.
Para Beltrame, a tomada do Complexo do Alemão, definido por ele como "o coração do mal", é exemplar porque a região se tornou "emblemática por causa da convergência de marginais".
"O marginal sem arma, sem casa, sem território e sem moeda de troca é muito menos marginal que antes", disse o secretário, reafirmando que a polícia teve ao longo da semana e especialmente neste domingo uma grande vitória.
Beltrame afirmou ainda que os próximos passos da estratégia de combate ao tráfico no Rio incluirão as comunidades do Vidigal e da Rocinha, localizadas na Zona Sul da cidade. Ele enviou um recado para os bandidos: "Quem apostar na derrota, vamos dobrar a aposta."
Cooperação
O general Adriano Pereira, do Comando Militar do Norte, enfatizou o resultado que, conforme ele, foi alcançado também com a cooperação de Marinha, Exército e Aeronáutica. "Chegamos ao fim plenamente satisfeitos porque libertamos uma parte da população dessa cidade do jugo do mal". E completou: "Cumprimos nossa missão".
Já o superintendente da Polícia Federal, Angelo Joia, afirmou que a corporação vai continuar com as incursões, contando com o apoio das demais polícias e avançando nas investigações. De acordo com ele, o restabelecimento da tranquilidade nos locais tomados por traficantes era uma "dívida com a sociedade". "E é um recado a qualquer grupo que afronte o Estado. A resposta será sempre dura", comentou.
Último a falar com a imprensa, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio, Antonio Vital, fez um comentário sucinto e fez questão de lembrar que "o problema do Rio de Janeiro é um problema do Brasil".