postado em 30/11/2010 09:08
O potencial turístico da cidade maravilhosa está passando por um verdadeiro teste de resistência por conta dos conflitos protagonizados há mais de uma semana. O presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Mário Moysés, reconhece que o cenário de guerra provoca impacto na força do turismo conquistada pelo estado ; atualmente, o Rio de Janeiro ocupa a primeira posição do Brasil no ranking Destino de lazer e a segunda no Destino de negócios, perdendo apenas para São Paulo. ;Não podemos construir uma imagem distante da realidade. No caso do Brasil, nós estamos mostrando um problema da realidade, mas também que esse problema está sendo enfrentado. A ação da polícia tem sido noticiada e o resultado disso pode ser positivo;, afirma.Segundo Moysés, ainda não é possível mensurar o impacto dos recentes ataques no turismo. No entanto, a Embratur já vem atuando para diminuir possíveis desgastes. ;Essa análise vai depender dos fatos subsequentes, mas a Embratur vem se esforçando para informar que os confrontos estão geograficamente distantes dos pontos turísticos e que não houve comprometimento das atrações turísticas;, informa o presidente. Dos 4,9 milhões de turistas recebidos pelo Brasil em 2009, 1,8 milhão tiveram o Rio de Janeiro como destino.
Já para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no Rio de Janeiro, Alfredo Lopes, a reação das forças policiais no combate ao tráfico deve mostrar um resultado positivo o quanto antes: ;Se essas demonstrações de violência continuarem a médio e longo prazo, podemos, sim, ter impacto negativo nas reservas, e a situação pode se estender até ao interior do estado;. O presidente reforça, ainda assim, que ;não há previsão de grandes prejuízos para a hotelaria;.
A previsão da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) é mais otimista: ;A preocupação foi nos primeiros dois ou três dias de conflito. Mas nós checamos com operadoras e agências e ainda não tivemos nenhuma baixa de reserva. E no Brasil, as pessoas estão acostumadas com os problemas que existem no Rio;, diz o diretor Leonel Rossi.
Ainda assim, há brasileiros preocupados com as férias na cidade maravilhosa. A comerciante Rosa Fasano, 48 anos, conta que irá ao Rio de Janeiro no fim do ano apenas para visitar a filha. ;Eu já tinha combinado de ir para lá no fim do ano, mas não quero ir para a rua. Quero ver como está a situação de verdade, como está minha filha. Mas, por mim, eu passo o réveillon dentro de casa.;
POVO FALA
Você passaria as férias de fim de ano no Rio de Janeiro?
Ruy Vieira dos Santos, 77 anos, agrônomo
Eu passaria porque é a minha terra. Tenho vontade de voltar ao Rio e acredito que tem problemas em qualquer lugar. Em qualquer lugar, temos que saber onde devemos pisar. Não vou sair à noite, andando, em um lugar considerado violento.
Cecília Trigueiro, 54 anos, agente de viagem
Não iria de jeito nenhum. Não conheço bem o lugar, é muito arriscado com essa violência. Se você viaja de férias, vai para relaxar. E tenho certeza de que eu ficaria assustada. Se a situação não acalmar agora, acredito que vai afetar o turismo em geral.
Hugo Maschiwitz, 28 anos, empresário
Eu iria com um colete à prova de balas. Na verdade, eu gosto do Rio e acho um lugar bom para passeio. Pra morar, é mais complicado. Mas se eu tivesse me programado para passar este fim de ano por lá, eu iria de qualquer jeito.
Eu passaria porque é a minha terra. Tenho vontade de voltar ao Rio e acredito que tem problemas em qualquer lugar. Em qualquer lugar, temos que saber onde devemos pisar. Não vou sair à noite, andando, em um lugar considerado violento.
Cecília Trigueiro, 54 anos, agente de viagem
Não iria de jeito nenhum. Não conheço bem o lugar, é muito arriscado com essa violência. Se você viaja de férias, vai para relaxar. E tenho certeza de que eu ficaria assustada. Se a situação não acalmar agora, acredito que vai afetar o turismo em geral.
Hugo Maschiwitz, 28 anos, empresário
Eu iria com um colete à prova de balas. Na verdade, eu gosto do Rio e acho um lugar bom para passeio. Pra morar, é mais complicado. Mas se eu tivesse me programado para passar este fim de ano por lá, eu iria de qualquer jeito.