Brasil

Rio ganha laboratório nacional dedicado à fabricação de nanocomponentes

postado em 10/12/2010 15:59
Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro ganhou nesta sexta-feira (10) o Labnano, primeiro laboratório de nanociência e nanotecnologia do estado, que estará à disposição de pesquisadores de todo o país. O laboratório faz parte do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O coordenador do Labnano, Rubem Sommer, disse à Agência Brasil que o país já tem um laboratório dedicado à nanociência, em São Paulo, mais voltado à microscopia eletrônica.

Sommer explicou que a principal diferença do laboratório carioca é que ele é voltado à fabricação de nanocomponentes. ;Vai ter facilidades e equipamentos que vão permitir a pesquisadores brasileiros projetar e construir estruturas com dimensões nanométricas, que poderão ser dispositivos, circuitos eletrônicos. É uma facilidade experimental, não havia nenhuma desse tipo instalada no país até o momento;.

O acesso pleno do Labnano aos usuários está previsto para fevereiro de 2011. Sommer alertou, porém, que os interessados já devem apresentar suas necessidades de pesquisa ao CBPF. ;O usuário tem que ser treinado para operar os equipamentos;. Nesse tipo de tecnologia em escala nanométrica, que representa a bilionésima parte do metro, o próprio pesquisador deve estar próximo dos equipamentos ou ter uma pessoa de confiança para tocar o projeto. ;Porque, senão, a chance de obter resultados vai ser muito pequena;.

Rubem Sommer avaliou que uma das principais vantagens do Labnano é a possibilidade de oferece aos pesquisadores nacionais a oportunidade de fabricar estruturas que antes não eram possíveis. Como exemplo, citou sensor de campo magnético. ;Antes, a gente não tinha capacidade de fazer um desenho em três dimensões, projetar um sensor com dimensões nanométricas em três eixos e construí-lo. A partir de agora, a gente já pode construir uma escala de protótipo e testar os sensores. Nós estamos entrando em uma fatia de mercado que antes era restrita a países do primeiro mundo;.

O coordenador não tem dúvidas de que o Labnano vai dar maior competitividade à área científica brasileira, tanto do ponto de vista da ciência básica, como da ciência aplicada e da inovação. O laboratório tem uma parte dedicada a aplicações industriais, voltada à solução de problemas do setor produtivo. O Labnano beneficia todas as áreas do conhecimento.

Foram investidos R$ 8 milhões na estrutura do Labnano, dos quais R$ 7 milhões repassados pelo MCT, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

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