Brasil

Passado, presente e futuro se fundem na comemoração dos 113 anos de BH

Estado de Minas
postado em 12/12/2010 15:59
Belo Horizonte - Hoje é dia de festa, para viver e curtir intensamente Belo Horizonte. Neste 12 de dezembro, o convite é para que os 2,37 milhões de belo-horizontinos ; estatística atualizada pelo Censo 2010 ; ocupem parques, praças e ruas da cidade numa grande celebração democrática. No centro das atenções, a nossa BH, que chega aos 113 anos com disposição para muita vida pela frente. E não tem desculpa para não participar da festança, pois a programação é eclética e gratuita (confira no quadro). Os eventos vão desde missa, às 9h da manhã, na Igreja da Boa Viagem, no Centro da capital, a shows com artistas renomados. Houve também quem antecipasse a comemoração. Ontem, um dos destaques do circuito de aniversário da cidade foi a apresentação do grupo Graveola e o Lixo Polifônico, natural de BH, no Parque Municipal Américo Renê Giannetti, no Centro.

No entanto, além de comemorar o aniversário também é boa oportunidade para repensar o passado e o presente de uma cidade que, inclusive, já nasceu para ser o futuro. Primeira capital planejada do país, a antiga Cidade de Minas foi inaugurada com a responsabilidade de unir às Gerais e fortalecer o estado no novo cenário republicano, quando Ouro Preto, na Região Central, não oferecia mais condições para a sede administrativa prosperar. O construtor Aarão Reis, no comando de uma equipe formada por alguns dos melhores arquitetos e engenheiros da época, topou o desafio de transformar o Arraial do Curral del Rei no centro de Minas. Em 1897, Bias Fortes, então presidente do estado (1894-1898), inaugurava a nova capital, com ruas amplas, organização geométrica, circundada pela Avenida do Contorno e planejada segundo valores da modernidade.

Daí em diante, muita história foi escrita e os limites das montanhas ficaram apertados para tanta gente. Mas agora são outros os desafios postos diante da capital, que, assim como em 1897, exigem dos administradores planejamento e visão de futuro. O principal deles é um projeto em que BH se compromete com o Brasil e se transformará em vitrine para o mundo. A antiga Cidade de Minas vai se tornar uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Mais que campeonato de futebol, a aposta é que o evento se transforme num impulso para o desenvolvimento e de obras há muito esperadas pela população.

No pacote de promessas, além da reforma de estádios, estão três corredores do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês). As avenidas Cristiano Machado, Pedro II/Carlos Luz e Antônio Carlos/Pedro vão receber o sistema modal de coletivos que busca inspiração no metrô, com pistas exclusivas, pagamento de tarifa antes do embarque, entre outros pontos. A reforma do Anel Rodoviário está na lista de ;presentes;, mas com irregularidades em licitações e outros percalços, parece que vai ficar para depois. Melhoria em hospitais, incremento no setor hoteleiro e na infraestrutura da cidade são ações esperadas para essa nova capital. O desejo e o sonho é de que, em 12 de dezembro de 2013, último aniversário antes da copa, os belo-horizontinos tenham ainda mais motivos para comemorar.

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