Rio de Janeiro - Subiu para 25 o número de presos na operação Capa Preta, deflagrada pela Polícia Civil do Rio nesta terça-feira (21), para combater uma milícia que atua em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desde 2007. Dois vereadores e ao menos 17 policiais militares ou ex-PMs foram presos na operação. O objetivo é desarticular uma quadrilha de milicianos que atua na região.
Entre os presos estão os vereadores do mesmo município, Jonas Gonçalves da Silva (PPS), conhecido como "Jonas é Nós", soldado reformado da Polícia Militar, e Sebastião Ferreira da Silva (PTB), o "Chiquinho Grandão;. A polícia fechou uma central clandestina de tevê a cabo e outra de Internet, em Gramacho. O faturamento da quadrilha era de R$ 30 mil por mês.
A operação cumpre 34 mandados sendo 13 contra policias militares na ativa e cinco contra policiais que já se desligaram da corporação. Ao longo do dia, também devem ser cumpridos 54 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.
Cerca de 200 agentes de delegacias especializadas participam da ação desde a madrugada e já estouraram uma central clandestina de TV a cabo, no bairro Pantanal.
O nome da operação é uma referência ao ex-vereador por Duque de Caxias e ex-deputado federal Tenório Cavalcanti. Controverso, usava uma capa preta (uma beca ganha de um aluno para quem providenciou um bolsa de estudos) e tinha uma metralhadora chamada Lurdinha.