Brasil

Seguranças do condomínio onde o noivo assassinou a noiva serão ouvidos hoje

Diário de Pernambuco
postado em 21/12/2010 18:14
O delegado Igor Leite, do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que investiga os crimes ocorridos durante uma festa de casamento em Aldeia (PE), pretende ouvir nesta terça-feira (21/12) os seguranças e os funcionários do buffet.

Na madrugada do domingo (19), o noivo, Rogério Damascena, de 27 anos, assassinou a tiros a esposa, Renata Alexandre Costa Coelho, 25, e o padrinho do casamento Marcelo André Zloccowick, 40, gerente financeiro da empresa onde Rogério trabalhava como vendedor. O delegado afirmou que o pai de Rogério e outras pessoas ouvidas no domingo deverão ser ouvidas novamente. Ontem, foram oito depoimentos.

[SAIBAMAIS]O delegado informou que não recebeu ainda as imagens das câmeras do local, mas já adiantou que elas serão importantes para identificar quem estava dirigindo a caminhonete do pai de Rogério, onde a pistola teria sido guardada antes do crime. De acordo com o advogado Hisbelo Oliveira, as câmeras também filmam a rua em frente ao condomínio e podem mostrar se a arma foi colocada dentro do veículo momentos antes da entrada da caminhonete no local da festa. O veículo teria sido usado por Rogério naquele dia, nas ruas de Aldeia. À tarde, a caminhonete teria ficado na casa do pai de Rogério, que fica em frente ao condomínio, onde os noivos se trocaram. O advogado informou ainda que a caminhonete foi o último veículo a entrar no local do evento.

A família de Renata Coelho pode levar a polícia a identificar quem escondeu a pistola usada pelo noivo, Rogério Damascena. Segundo o advogado Hisbelo Oliveira, uma testemunha viu uma pessoa se aproximar do corpo do noivo logo após o suicídio, ir até a caminhonete do pai de Rogério e voltar, em seguida, para socorrê-lo. Depois disso, a arma não teria sido vista novamente. De acordo com Hisbelo, a tendência após um suicídio é de a arma permanecer na mão de quem atirou. O advogado disse que informou ao delegado responsável pelo caso, Igor Leite, o nome dessa pessoa. Hisbelo e o irmão de Renata, Roberto Guerra, deram a entender que a testemunha é um dos seguranças do condomínio.

"Houve um momento em que a banda parou. Ele pediu que reiniciasse e sumiu por cinco minutos. Voltou atirando. Ele abraçou minha irmã por trás, deu um beijo e um tiro na orelha dela. Ele deu outro tiro, que acertou meu filho. Depois perseguiu o amigo (Marcelo). Deu três tiros. A vítima ajoelhou pedindo que ele não atirasse mais, ele atirou mais três vezes. Depois atirou na própria cabeça e caiu em cima do corpo do amigo", contou Roberto. Segundo ele, Rogério teria dito uma semana antes a Renata que faria uma surpresa.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação