postado em 24/12/2010 01:30
Recife ; O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) em Recife, Igor Leite, confirmou nesta quinta-feira (23/12) que o pai de Rogério Damascena ; o noivo que matou a noiva e padrinho durante a festa do próprio casamento e depois se suicidou ; pode ser indiciado. É possível que o funcionário público João Bosco Damascena responda por posse ilegal de arma e adulteração do local de crime. Na noite de quarta-feira (22/12), João Bosco entregou de forma espontânea a pistola calibre .38 usada por Rogério para cometer os crimes e confessou ter guardado a arma. A atitude o livrou da autuação em flagrante.
Na manhã de quinta-feira, o delegado ouviu, na sede da delegacia, na Imbiribeira, um colega de trabalho e uma prima de Rogério, Daniela Siqueira Brito. Sobre o inquérito, Leite disse que falta apenas apontar a motivação do crime que, de acordo com as investigações até agora, caminha para um caso de surto psicótico movido por ciúme patológico.
O delegado adiantou que já recebeu os laudos do Instituto de Medicina Legal (IML) e do Instituto Tavares Buril (ITB) e aguarda agora a perícia na arma do crime, entregue ontem ao Instituto de Criminalística (IC). No fim da tarde de ontem, o delegado também colheria o depoimento da mãe de Rogério, Teresa Cristina Damascena.
O chefe do DHPP, Joselito Kerhle, informou, durante entrevista coletiva, que o notebook e dois aparelhos de telefone celular de Rogério Damascena já estão sendo periciados. Os equipamentos estavam na casa da mãe dele. No entanto, até o momento, de acordo com o delegado, nos aparelhos não foram encontrados nenhum indício de que ele estaria planejando o crime. Mas deve ser pedida à Justiça quebra de sigilo telefônico de Rogério.
Ainda de acordo com Joselito Kerhle, pelas fotos das perfurações no corpo do padrinho Marcelo André Zloccowick, tudo indica que Rogério correu em direção a Marcelo, que tentou fugir e defender-se dos disparos.