Brasil

Comerciantes aceleram preparativos para a festa do revéillon em Copacabana

postado em 31/12/2010 16:47
Rio de Janeiro ; Enquanto milhares de pessoas se dirigem à Praia de Copacabana à espera do início da festa de revéillon, dezenas de vendedores enfrentam hoje (31) uma jornada de muito trabalho para providenciar gelo ou carregar engradados de bebidas pelas areias da praia.

A vendedora Kesia Caetano, 28 anos, chegou cedo para não ter problemas com o resfriamento da mercadoria. ;O gelo é fundamental, não só no revéillon, como no Carnaval e em outras festas. Porque, quando chega uma certa hora, ninguém encontra gelo em canto nenhum;, explicou, reclamando que, apesar da grande organização, o número de banheiros químicos espalhados pela orla não é suficiente.

Comerciante autorizada há mais de cinco anos na orla de Copacabana, Vera Lúcia de Jesus Silva, 48 anos, que mora em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, acredita que o dia vai ser cansativo, mas espera conseguir, com a venda, o suficiente para saldar as dívidas de 2010. ;O isopor [com as bebidas] é pequeno, mas eu pretendo faturar pelo menos uns setecentos contos [R$ 700]. Já me ajuda a pagar meu aluguel, que está atrasado;, disse bem-humorada. Com uma dívida de dois meses de aluguel em atraso, ela espera trabalhar até as 17h do primeiro dia de 2011.

O garçom aposentado Hugo Frias, 69 anos, se ofereceu para voltar a trabalhar como reforço de fim de ano num restaurante próximo ao Hotel Copacabana Palace, epicentro da festa. Na expectativa de Frias, a comissão e a gorjeta para os funcionários esse ano devem ser maiores. ;Muito turista, muita gente. Esse ano tem mais turista que no ano passado;, disse.

Moradora de Irajá, na zona norte do Rio, Janete Martins, 47 anos, como muitos visitantes, cumpriu com seu ritual de levar como flores, em oferenda a Iemanjá, palmas de Santa Rita. Ela acredita que despejar flores nas águas da orla carioca traz boas vibrações para o ano que se inicia. ;Não importa o local, o que importa é o pensamento, a fé e o pedido de dias melhores;.

Nas ruas, muitos turistas começam a fotografar os palcos dos shows que vão animar a festa da virada. Os moradores de Copacabana, como Denise Barreto, de 50 anos, parecem estar acostumados com a movimentação atípica dessa época do ano. ;Pelo fato de eu morar em Copa, a festa é sempre aqui em casa. Eu acho muito bom. Sempre venho com a família para ver os fogos;, contou.

As balsas, carregadas com os tradicionais fogos de artifício, já estão sendo rebocadas para os pontos determinados, a cerca de 400 metros da areia.

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