Luana Cruz
Durante o verão o Corpo de Bombeiros acende o sinal de alerta. No ano passado, de janeiro a novembro, 489 pessoas morreram afogadas em lagoas, rios e piscinas de Minas. A corporação faz buscas, na manhã deste domingo (9/1), pelo corpo de um jovem de 18 anos que teria caído no Rio Doce, em Governador Valadares. Uma brincadeira pode ter sido o motivo do afogamento do rapaz. De acordo com o Corpo de Bombeiros, Luan Carlos da Silva Ribeiro, descia o rio, junto com dois adolescentes, num colchão inflável. Em determinado momento, o jovem caiu do colchão e sumiu nas águas. Os bombeiros alertam que o rio não oferece condições de segurança para mergulho devido a forte correnteza, além de estar aproximadamente dois metros acima do nível normal, por causa das chuvas das últimas semanas. As equipes fazem buscas com barcos desde sábado, quando o jovem caiu no rio. Segundo os bombeiros, os colegas de Luan, que também participavam da brincadeira, conseguiram sair da água.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Brumadinho, os bombeiros também buscam o corpo de um adolescente de 17 anos. O jovem sumiu nas águas do Rio Paraopeba, na noite desse sábado. Segundo os bombeiros, parentes da vítima encontraram pertences de Wallison Fernando Pereira às margens do rio. Miltiares foram ao local e não atuaram por ser noite, mas as buscas foram iniciadas na manhã deste domingo.
Na tarde de sábado, os bombeiros de Lavras, no Sul de Minas, foram acionados pela Polícia Militar (PM) a comparecer as margens do Rio Grande, próximo a ponte na Rodovia Fernão Dias. Lá os bombeiros resgataram o corpo de um serralheiro, morador do Bairro Novo Horizonte, que estava desaparecido desde 07 de novembro de 2010. Segundo os bombeiros, Sebastião Carlos Moreira, 41 anos, pescava junto com o irmão e caiu no rio. Militares buscaram o corpo por 25 dias e não encontraram. O reconhecimento da vítima foi feito por meio da arcada dentária e também pelas roupas que o serralheiro usava.
Os banhistas e pescadores devem ficar muito atentos, pois os riscos estão em rios, lagoas e piscinas. Por causa da correnteza, o índice de afogamento em rios é maior do que em água parada. O cuidado também deve ser grande em cachoeiras, por causa do risco de traumas provocados por mergulhos em águas rasas. Crianças merecem atenção especial, inclusive nas piscinas dos clubes (84% dos afogamentos ocorrem por distração do adulto). O perigo está em vários regiões do Estado. Bombeiros chamam atenção para incidentes que podem acontecer na Lagoa Várzea das Flores, que banha Contagem e Betim, na Grande BH. Além da lagoa, os balneários mineiros nos quais há maior quantidade de mortes por afogamento, segundo os bombeiros, são os da Serra do Cipó e Ouro Preto (Região Central), Divinópolis (Centro-Oeste), Diamantina (Vale do Jequitinhonha), rios Paraopeba e São Francisco (represa de Três Marias) e represa de Furnas.
Com informações de Ernesto Braga