Brasil

Bar em Divinópolis, em Minas, restringe beijos ardentes e até selinho

Estado de Minas
postado em 09/01/2011 16:55

Simone Lima

Valéria, proprietária, defende o ambiente: Em meio ao cardápio simples, com petiscos, caldos e bebidas, um lembrete: naquele típico bar do interior mineiro, com cadeiras e mesas de metal sobre a calçada, casais apaixonados precisam conter a vontade de namorar. Há 16 anos, clientes do Megathério, em Divinópolis, a 120 quilômetros de Belo Horizonte, no Oeste de Minas, têm que seguir direitinho a regra. Beijos ardentes ou mesmo um inocente selinho só podem ser trocados fora do estabelecimento. No estabelecimento, carícias mais quentes são permanentemente proibidas.

Apesar da imposição no mínimo estranha, o Megathério é frequentado por casais e grupos de amigos de todas as idades. O tempero e o ambiente familiar se tornaram o diferencial da casa, o que atraiu a atenção de quem gosta de se divertir em um espaço tranquilo e longe da azaração. Segundo a proprietária, Valéria Helena de Oliveira Viana, de 30 anos, a restrição teve que ser criada diante do que ela qualifica como abuso no comportamento de alguns clientes. "Quem toma conta do bar é nossa família. Na época, eu e minha irmã éramos adolescentes e tínhamos de atender os clientes. Ficávamos constrangidas ao nos aproximar de uma mesa e ver o casal se beijando de forma ousada. Então, meu pai colocou essa regra logo no primeiro mês de funcionamento", lembra.

Valéria não nega que alguns consumidores tenham saído inconformados do estabelecimento. No entanto, ela avalia que a norma acabou selecionando a freguesia, o que rendeu uma clientela fiel. "E vamos conquistando mais clientes a cada dia. Aqui, seguimos a tradição. Pagamento só em dinheiro e nada de carinhos ousados ou beijos", brinca.

Foi num clima de descontração que o casal Cláudia Lage e Wolney Sérgio Lavarine, de 34 e 48 anos, curtia o tira-gosto do Megathério, ao lado do amigo Diovane Alves, de 33. Admiradores da casa, eles afirmam que não se importam com as restrições determinadas pelos donos. E garantem: nunca receberam um puxão de orelha. "Fica um clima legal, familiar mesmo. Viemos aqui porque sabemos que ébem frequentado e porque gostamos do ambiente e do tempero", disse Cláudia.

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