Segundo o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, um convênio foi firmado pelo Ministério da Justiça com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a prefeitura de Belo Horizonte e com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para a execução do projeto.
Por não ser possível ainda detalhar como será o museu, Abrão acredita que o importante é entender o conceito.
;O Memorial da Anistia tem uma tripla dimensão. Será um espaço de reparação, de memória e consciência. De reparação, porque um sítio público para homenagear os que lutaram, por si só, constitui em um ato de reparação oficial do Estado.
Ao mesmo tempo, é um espaço de memória porque temos a perspectiva de deixar assentado um espaço que registre a época do autoritarismo. Mas também um espaço de consciência para que, a partir da inauguração do memorial, ele possa se tornar um centro de formação em defesa dos direitos humanos e dos valores democráticos para a juventude;, explicou.
Segundo o comitê curador, a cada ano, chegam 3 mil novos documentos que seriam relativos à época da ditadura. Ao todo, 57 mil foram apreciados e cerca de 40 mil foram deferidos. Destes, 15 mil tiveram alguma reparação econômica.