Brasil

Comerciantes da Ceagesp avaliam prejuízos após enchente

postado em 11/01/2011 18:44
A forte chuva que atingiu a cidade na noite de segunda-feira (10/1) causou o transbordamento do Rio Pinheiros, que inundou parte da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Nesta tarde, comerciantes de frutas e verduras que trabalham no local avaliavam os prejuízos causados pelo temporal.

Em meio à lama e aos restos de comida espalhados pelo maior centro de distribuição de alimentos da América Latina, o clima era de desolação. Já acostumados com as frequentes cheias no local, os trabalhadores se esforçavam para limpar seus estandes e voltar às vendas, mesmo sabendo que as enchentes podem voltar a qualquer nova chuva.

;Todo ano é assim;, diz Marcos Caires, dono de uma loja de frutas. ;Esta enchente é a primeira do ano. Não se sabe quando virá a próxima.;

Só em melão, uva e melancia, Caires estima que perdeu de R$ 60 mil a R$ 80 mil com a chuva de ontem. A quantidade de frutas perdidas corresponde a 20% do estoque que ele mantinha no Ceagesp.

A situação de Caires é a mesma de grande parte dos comerciantes. Um balanço divulgado às 16h pelo Ceagesp informa que 20% das melancias estocadas no local foram perdidas. A área onde ficam as melancias foi a mais atingida ; perderam-se 40 toneladas da fruta.

Para o comerciante Luiz Jacinto da Silva, a perda foi proporcionalmente maior. Dos cerca de 3 mil abacaxis que ele tinha em estoque, mil foram atingidos pela enchente e jogados fora - 33% do total. ;A água subiu cerca de meio metro. Eu estava em casa dormindo. Quando acordei, ouvi a notícia da enchente no rádio e soube que teria prejuízo. Já virou rotina.;

Mesmo os que não perderam mercadorias reclamavam da enchente. Geraldo de Almeida, que vende hortaliças, afirmou que, por causa das notícias da cheia, os fornecedores não entregaram hoje de manhã o que ele havia pedido.

;O pessoal soube que o Ceagesp inundou e não colheu os produtos que vendemos. Com falta de mercadoria, o preço subiu e o consumidor é que acabou pagando mais;, disse ele.

Segundo Almeida, nesta terça-feira, uma caixa de alface, que é vendida geralmente por R$ 10, chegou a custar R$ 20. A caixa de couve-flor passou de R$ 15 subiu para R$ 25.

Os comerciantes esperam que as vendas voltem ao normal amanhã (12). Até lá, se não houver mais cheias, a limpeza do Ceagesp e a retirada das frutas atingidas pela enchente deve estar concluída.

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