Brasil

Dilma diz que bolsa-família será adiantado para vítimas no Rio

Camila Santos - Especial para o CB
postado em 13/01/2011 18:02
A presidente Dilma Rousseff informou que as famílias que perderam suas casas, em decorrência das chuvas que assolam a região serrana do Rio de Janeiro, e sejam benefiárias do bolsa-família, vão receber o dinheiro adiantado neste mês. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa com o governador do estado, Sérgio Cabral, na tarde desta quinta-feira (13/1).

Nesta manhã, Dilma sobrevoou as áreas atingidas e classificou a situação como um "momento dramático". Ela informou que o papel do Governo Federal é de solidariedade com as vítimas, mas também de envolvimento em ações concretas para superar a tragédia. "Vamos resgatar as pessoas, proporcionar acesso a remédios, saúde e minorar o sofrimento das vítimas", afirmou.

Segundo ela, a União também irá participar da recontrução dos locais. "Vamos garantir que a construção seja o momento da prevenção", disse, em relação a ocupação irregular no estado. "Moradia em área de risco é regra e não excessão no Brasil", afirmou. Dilma ainda falou que a liberação de recursos será feita da forma menos burocrática.

Prevenção

Questionado sobre a prevenção de desastres deste tipo no Rio de Janeiro, o governador Sergio Cabral criticou a permissão dada por municípios para a ocupação irregular. "Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis tiveram, na década de 80, a desgraça do populismo, na qual políticos permitiram a ocupação de áreas irregulares", disse. Segundo ele, dados fornecidos pelo prefeito da capital carioca, Eduardo Paes, revelam que há 18 mil casas em áreas de risco.

Dilma alertou que há desleixo em relação as pessoas de baixa renda que moram em locais próximo a rios e encostas de morros. De acodo com ela, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) usará R$ 11 milhões para drenagem e prevenção de deslizamentos de encostas. "Prevenção não é apenas questão da Defesa Civil, mas também de saneamento, garantia de mananciais e habitação", alegou. Ela disse ainda que cabe ao município o ordenamento urbano, mas que o governo federal entra na questão investindo os recursos em ocupação de áreas seguras.

A presidente falou que o processo longo de habitação em locais irregulares significa que é necessário um projeto habitacional. "Não podemos tirar as pessoas sem dar opção para elas ficarem", ressaltou. Ao todo, nove mil famílias estão desabrigadas nas principais cidades atingidas. Em Petrópolis são cinco mil; Teresópolis, duas mil e quinhentas e em Nova Friburgo, mil e quinhentas.

Alerta
Nos próximos dias a previsão é de mais chuvas na região. "As próximas horas e dias não são tranquilas, mas estamos em alerta", disse Cabral. Ele fez um apelo as pessoas que ainda permanecem em locais com risco de desabamento que deixem suas residências pelos próximos dias. Por fim, Dilma ressaltou que a estrutura do governo federal está a disposição do estado e deixou para quem perdeu parentes sua "integral solidariedade".

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação