postado em 14/01/2011 19:25
A Secretaria de Turismo e a Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH/RJ) estimam que os prejuízos causados ao faturamento da rede hoteleira em consequência da tragédia que se abateu sobre a região serrana do estado chegam a US$ 30 milhões somente nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, com a queda da ocupação e os cancelamentos de reservas na temporada (janeiro a março).Na região, mais de 500 pessoas morreram e pelo menos 5 mil estão desabrigadas. Segundo informações da ABIH/RJ, os três principais municípios da serra reúnem aproximadamente 271 meios de hospedagem e ofertam cerca de 4 mil apartamentos, com taxa de ocupação de 85% nesta época do ano.
;É uma perda de receita grande para o município, um número de empregos elevado. Se você calcular aí pelo menos três postos de trabalho por quarto [de hotel, pousada], nós estamos falando de 12 mil empregos diretos e indiretos nesta indústria, que ficará ociosa, uma vez que neste primeiro momento as pessoas estão pensando é em deixar a cidade e não o contrário;, disse à Agência Brasil, o presidente da entidade, Alfredo Lopes.
Chocado com a tragédia que se abateu sobre a região, Lopes disse que momento é de trabalhar para reconstruir as áreas afetadas e de vivenciar o trauma de procurar os corpos das pessoas que ainda estão soterradas pela enxurrada de água e lama que caiu sobre as cidades. ;É claro que a área de turismo, obviamente, foi enormemente afetada neste primeiro momento. Mas o trauma ainda não foi ultrapassado e o momento é de resgatar os corpos;.
Na avaliação do presidente da ABIH, passada a fase de socorro às vítimas, os governos federal, estadual e municipal terão que fazer um grande esforço conjunto para recuperar a região, que é de enorme interesse turístico.
;Depois da crise, vamos lutar para que, na alta temporada de julho, nós consigamos reverter esse quadro e, obviamente, os prejuízos causados e não só materiais, uma vez que houve um número significativo de perda de vidas;.
Lopes acredita que será necessário fazer uma campanha semelhante à que foi feita em Angra dos Reis, cidade que, na virada do ano passado, passou por uma tragédia semelhante embora em menores proporções. Na ocasião, morreram 53 pessoas. ;Uma campanha de divulgação para mostrar o que foi feito para recuperar as cidades afetadas para promover a reversão das imagens que hoje estão sendo mostradas;, sugeriu o presidente da ABIH/RJ.
Ele citou o caso de Teresópolis e também o de Itaipava, consideradas cidades importantes no polo gastronômico do estado. ;Itaipava é hoje um polo gastronômico da maior importância ; e é considerada uma extensão da nossa casa no Rio de Janeiro. Não é incomum que nos propiciemos dar um pulo até Itaipava para almoçar nos finais de semana. E as imagens que nós estamos recebendo são chocantes: Toda a infraestrutura ; asfalto, água, esgoto e casas ; foi destruída, disse.